Nanopartículas de curcumina: obtenção e caracterização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Massimino, Lívia Contini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-03102017-092907/
Resumo: Curcumina é um composto natural presente na Curcuma longa, que apresenta diversas atividades medicinais, porém sua baixa solubilidade limita sua aplicação médica. Para solucionar esse problema e viabilizar seu uso, diversas pesquisas no campo da nanotecnologia estão sendo feitas. Neste estudo foram obtidas nanopartículas de curcumina utilizando como solventes o etanol (E) e o clorofórmio (C), e através dos procedimentos de agitação magnética e sonicação. As nanopartículas foram caracterizadas por espalhamento de luz dinâmico (DLS), potencial Zeta, microscopia de força atômica (AFM) e pelas espectroscopias no infravermelho (FTIR), no ultravioleta/visível (UV-Vis) e de fluorescência. Foram feitos ensaios de solubilidade, fotodegradação e citotoxicidade. As nanopartículas obtidas com o solvente E e pelos processos de agitação e sonicação foram denominadas de NEA e NES, e com o solvente C de NCA e NCS, respectivamente. Teste inicial de liberação in vitro foi feito para a amostra NCA dispersas em gelatina com posterior recobrimento com Eudragit S100®; esse teste foi feito em HCl (pH 2,0) e tampão fosfato (pH 7,5). A morfologia dessas membranas recobertas ou não com Eudragit S100® foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV). As nanopartículas tiveram um rendimento entre 60 e 78%. O resultado de DLS mostrou a obtenção de partículas nanométricas entre 189 e 248 nm para as NEA, NES e NCS e de 591 nm para NCA, com potencial Zeta acima de |25| mV para todas as amostras. As nanopartículas apresentaram uma fotodegradação mais lenta do que o produto comercial. As espectroscopias de FTIR, UV-Vis e fluorescência apresentaram bandas características da curcumina comercial, indicando que as nanopartículas têm as mesmas características químicas e físicas do bioativo. As nanopartículas mostraram um aumento na solubilidade de 37 a 56 vezes em relação à curcumina comercial. Os ensaios de citotoxicidade indicam que as nanopartículas não apresentaram toxicidade para a linhagem VERO, enquanto que para a linhagem HEp-2 ocasionaram morte celular. Assim, os procedimentos utilizados para o preparo das nanopartículas de curcumina foram eficientes, sendo que uso do solvente E mostrou ser o mais indicado para se obter nanopartículas. A morfologia por MEV das membranas de gelatina/NCA mostra um recobrimento uniforme com Eudragit S100®. Os testes iniciais de liberação in vitro mostraram que as nanopartículas de curcumina são protegidas pelo sistema em pH ácido e liberadas apenas quando em pH 7,5.