Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Dutra, Marianna Faria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51523
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Resumo: |
Introdução: Entre os acometimentos a que os indivíduos idosos estão sujeitos e que comprometem a sua deambulação destacam-se as fraturas de colo de fêmur, que são tratadas com a artroplastia de quadril. Diversos fatores têm sido associados aos resultados físicofuncionais no pós-operatório (PO) de artroplastia de quadril, entretanto, a maioria dos estudos investigou a deambulação tardia, apenas no sexo feminino ou em pacientes sem comprometimento cognitivo. O objetivo do estudo foi identificar se idade, estado cognitivo, índice de massa corporal, força muscular e capacidade funcional estão associados à deambulação no pós-operatório imediato de artroplastia de quadril em idosos com fratura de colo de fêmur. Secundariamente, objetivou-se verificar se as ferramentas de avaliação dos fatores associados poderiam predizer a capacidade de deambulação no pós-operatório. Métodos: Tratou-se de um estudo observacional, longitudinal e prospectivo, com amostra de conveniência recrutada no período de junho de 2021 a dezembro de 2022. Foram incluídos todos os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos e que foram admitidos na Unidade de Traumatologia e Ortopedia do Hospital de Base do Distrito Federal, com diagnóstico de fratura de colo de fêmur submetidos à artroplastia de quadril. Antes da cirurgia, foram avaliados idade, Índice de Massa Corporal (IMC), estado cognitivo (Mini Exame do Estado Mental), capacidade funcional (Índice de Barthel Modificado) e força muscular (dinamometria de preensão palmar). Até o terceiro dia pós-operatório, os participantes foram avaliados quanto à capacidade de deambulação (≥10 passos). Foram realizadas análises descritivas, comparações de médias, medianas e proporções e regressão logística binária univariada e multivariada, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram acompanhados 62 idosos. Os idosos capazes de deambular apresentaram significativamente menor idade e maior força muscular comparados aos idosos incapazes de deambular no PO. Na análise de regressão logística univariada, as variáveis idade, estado cognitivo, capacidade funcional e força muscular se associaram à capacidade de deambulação no PO (p<0,05), com OR variando de 0,819 a 1,314. Essas variáveis foram incluídas em regressão logística multivariada, no qual o estado cognitivo (OR=1,219 [IC95% 1,059-1,404], p<0,006) e a força muscular (OR=1,278 [IC95% 1,072-1,524], p<0,006) mantiveram-se significativos. Adicionalmente, o MEEM e a dinamometria de preensão palmar apresentaramse acuradas para prever essa capacidade de deambulação no PO. Conclusão: Idosos com fratura de colo de fêmur com maior força de preensão palmar e melhor estado cognitivo têm maiores chances de deambular até o terceiro dia de pós-operatório de artroplastia de quadril. O MEEM e a dinamometria de preensão palmar podem ser utilizados na triagem préoperatória visando reconhecer o risco de insucesso da deambulação imediata e direcionar intervenções eficazes. |