Digestibilidade de fósforo de alimentos e exigência de fósforo digestível de aves e suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bünzen, Silvano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Doutorado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1735
Resumo: Nove experimentos foram conduzidos para determinar a excreção endógena, os coeficientes de digestibilidade verdadeira do fósforo de alimentos e a exigência de fósforo digestível para aves e suínos em crescimento. No primeiro experimento utilizou-se 50 frangos de corte de 15 dias de idade, alimentados com dieta purificada, isenta de fósforo, para se determinar a excreção de fósforo de origem endógena, utilizando as metodologias de coleta total de excretas e de coleta de digesta ileal, usando óxido crômico como indicador. Não foram encontradas diferenças entre as metodologias e estimou-se a excreção endógena de frangos de corte em crescimento como sendo 138,43 mg de P/ kg matéria seca ingerida (MSI). Um segundo experimento foi conduzido para determinar os coeficientes de digestibilidade verdadeira do fósforo do farelo de soja e fosfato bicálcico. As metodologias utilizadas foram as mesmas descritas anteriormente. Os coeficientes de digestibilidade verdadeira do fósforo do farelo de soja e do fosfato bicálcico foram, respectivamente, 52,54 e 75,01%. Um terceiro experimento foi conduzido para avaliar a digestibilidade verdadeira do fósforo alimentos para frangos de corte. Foram utilizados 240 frangos de 21 dias de idade em oito tratamentos (seis alimentos e duas rações), seis repetições e cinco aves por unidade experimental, utilizando as metodologias de coleta total de excretas e de digesta ileal, com uso do indicador óxido crômico. Os coeficientes de digestibilidade verdadeira do fósforo encontrados foram de 44,49% para milho, 57,74% para o farelo de soja, 46,21% para o farelo de trigo, 57,39% para a farinha de carne e ossos, 57,28% para o fosfato bicálcico e 56,86% para o fosfato monocálcico. Não foram encontradas diferenças entre as metodologias avaliadas. Um quarto experimento foi realizado para determinar a exigência de fósforo digestível para frangos de corte de 22 a 35 dias de idade. 720 frangos de corte machos e 720 fêmeas foram distribuídos num delineamento fatorial, com seis níveis de fósforo digestível (0,22; 0,26; 0,30; 0,34; 0,37 e 0,41%) e dois sexos, oito repetições e 15 aves por unidade experimental. Não houve efeito dos tratamentos sobre o consumo de ração, mas os níveis de fósforo digestível influenciaram o ganho de peso, a conversão alimentar e os parâmetros ósseos de machos e fêmeas. Estimou-se em 0,35% de fósforo digestível o valor que maximiza o desempenho e a qualidade óssea de fêmeas e 0,41% de fósforo digestível para os machos. Quatro ensaios de metabolismo foram conduzidos com suínos em crescimento e terminação. Foram utilizados 24 suínos machos castrados na fase de crescimento e 24 na fase de terminação, divididos em dois ensaios em cada fase, um para determinar a excreção endógena de fósforo quando alimentados com dieta isenta de fósforo (quatro animais distribuídos em fatorial 2 x 6, sendo duas técnicas aplicadas simultaneamente nos animais e 6 dias de coleta) e outro para determinar os coeficientes de digestibilidade do fósforo de alimentos, onde 20 animais foram distribuídos em fatorial 2 x 5 (duas técnicas e cinco tratamentos, sendo 4 alimentos e uma ração referência). Ambos os ensaios contaram com quatro repetições. As técnicas avaliadas foram as de coleta total de fezes e indicador fecal óxido crômico. Não houve diferenças entre as metodologias. A excreção endógena de fósforo foi estimada em 275,75 mg de fósforo/kg MSI em suínos em crescimento e em 434,80 mg de P/kg MSI na fase de terminação. Os coeficientes de digestibilidade verdadeira do fósforo obtidos foram: milho, 53,19 e 63,20; farelo de soja, 48,51 e 56,60; farinha de carne e ossos, 63,40 e 83,70; fosfato bicálcico 74,79 e 82,43 para as fases de crescimento e terminação, respectivamente. Um nono experimento foi conduzido para determinar as exigências de fósforo digestível em suínos na fase de crescimento. 70 suínos, machos castrados e fêmeas, entre 30 e 50 kg de peso foram distribuídos em delineamento de blocos casualizados, com cinco tratamentos, sete repetições e dois animais por unidade experimental. Os tratamentos consistiram de rações a base de milho e farelo de soja, suplementadas com fosfato bicálcico para obter cinco níveis de fósforo digestível (0,19; 0,25; 0,30; 0,35 e 0,40%). Os níveis de fósforo digestível promoveram efeito quadrático sobre o consumo de ração e ganho de peso, com valores máximos de 0,32 e 0,31%, respectivamente. Não houve efeito dos tratamentos sobre a conversão alimentar e efeito linear foi obtido sobre a % de fósforo nos ossos.