Efeito de bixina sobre os parâmetros bioquímicos séricos em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Souza, Eliana Carla Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8943
Resumo: A bixina é muito utilizada na indústria de alimentos como corante, principalmente na forma de extratos que a contém. Com o objetivo de identificar os efeitos da bixina sobre os parâmetros bioquímicos séricos, foi conduzido um ensaio biológico, com 96 ratos (48 machos e 48 fêmeas) (Rattus norvergicus), variedade albinus, da raça Wistar, recém-desmamados, com 24 dias de idade. Os animais foram distribuídos em quatro grupos de 24, sendo que o grupo 1 não recebeu a substância-teste, os outros três grupos receberam a substância-teste que era um corante utilizado na indústria de alimentos que contém 28% de bixina; grupo 2 (70 mg) , o grupo 3 (350 mg) e o grupo 4 (700 mg). Eles receberam água e alimento “ad libitum”, a temperatura ambiente variando entre 20 e 24 0C e com iluminação controlada com 12 horas de claro e escuro por um período de cento e oitenta dias. A administração do extrato foi feita diariamente, por via oral, misturada à ração. O extrato foi caracterizado através da determinação dos teores de proteína (5,33%), cinzas (2,04%), umidade (5,49%), extrato etéreo (50,49%), pH (2,62%), ponto de fusão (1800), teor de bixina após 12 meses sob refrigeração (20,8%). Pelo primeiro ensaio biológico foi verificado que a bixina tem efeito hipocolesterolêmico em fêmeas e em machos reduziu os níveis de triacilgliceróis, teve efeito hiperglicemiante nas fêmeas (30 mês), embora os níveis do grupo controle, tanto de machos quanto de fêmeas, estivessem alto devido à anestesia com éter realizada para sacrificar os animais. Houve alteração nos níveis séricos de fósforo nos grupos das fêmeas no 60 mês, também quanto à relação Ca:P houve alteração nos grupos das fêmeas. Os níveis de AST e ALT encontraram-se aumentados, inclusive no grupo controle de ambos os sexos, devido à intoxicação por cobre, a bixina mostrou-se capaz de ajudar a regenerar as lesões hepáticas. Os níveis de uréia e creatinina também se mostraram alterados, talvez devido à intoxicação por cobre que pode ter levado a uma disfunção renal, interferindo no balanço nitrogenado. No segundo ensaio, onde foi feito o teste de tolerabilidade cutânea, foram comparados os sítios de aplicação da bixina com os sítios controles e pode-se verificar que não houve alterações cutâneas relativas à eritema, escaras e edema em nenhum dos tempos observados. Diante dos parâmetros avaliados podemos concluir que a substância não apresentou nenhuma alteração tóxica e teve efeitos farmacológicos.