Ação antioxidante de compostos bioativos do urucum - bixina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Souza, Lucéia Fátima
Orientador(a): Jong, Erna Vogt de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/29547
Resumo: O urucum (Bixa Orellana L.), planta arbustiva da família Bixaceae, é uma cultura que vem conquistando cada vez mais importância econômica, uma vez que do pericarpo da semente se extrai um corante natural, constituído por carotenóides, com predominância da bixina. A presença na dieta de compostos como os carotenóides podem contribuir para minimizar os efeitos dos radicais livres produzidos no organismo. Alguns quimioterápicos como a cisplatina, produzem efeitos colaterais indesejáveis aos pacientes em tratamento, proporcionando queda nos níveis de antioxidantes séricos e aumento na atividade dos radicais livres que podem refletir na falência renal e hepática. A presença na dieta de compostos como os carotenóides podem contribuir para minimizar tais efeitos. Neste sentido, torna-se de grande importância à investigação dos efeitos benéficos de tais pigmentos frente ao estresse oxidativo, sendo o estudo com animais de laboratório uma opção viável. O presente trabalho avaliou a composição centesimal, a quantidade de bixina presente e ação terapêutica da semente de urucum e dos cristais de bixina na redução da toxidade da cisplatina sobre as desordens renais e hepáticas em ratos adultos, da linhagem wistar, machos. Os animais receberam o pré-tratamento com bixina (0,065 mg/kg de peso) e urucum (0,500mg/kg de peso) durante 28 dias, com controle de peso a cada dois dias, para ajustar as doses dos carotenóides utilizados. A cisplatina foi administrada intraperitonealmente (5mg/kg de peso) 48 horas antes do término do experimento. Após abate, o sangue foi coletado na artéria aorta ascendente e foram retirados o fígado para a extração da gordura, dosagens enzimáticas e índice de peroxidação lipídica e os rins para análise histológica. O resultado da composição centesimal mostrou que as sementes de urucum apresentaram características nutricionais desejáveis, com alto teor de proteínas e fibras. Os resultados das análises hepáticas mostraram que a aspartato aminotrasferase (AST), alanina aminotrasferase (ALT), uréia e creatinina apresentaram reduções significativas nos grupos que receberam o pré-tratamento com bixina e urucum. A cisplatina causou aumento da deposição de gordura hepática e da peroxidação lipídica. Na análise histológica observou-se que os animais do grupo cisplatina sem a presença de urucum ou bixina apresentaram alterações inflamatórias, caracterizadas por modificações glomerulares e aumento no número de polimorfonucleares (PMN). Os resultados deste estudo mostraram que houve proteção hepática e renal contra a injuria causada pela cisplatina, quando administrado o urucum ou a bixina na dieta dos animais, antes da injeção deste fármaco.