Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Olívia Gonçalves Leão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28925
|
Resumo: |
Introdução: A obesidade é um problema de saúde mundial, que se agrava ao longo dos anos e que está diretamente relacionado às complicações de diversas morbidades como diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e câncer. A manifestação da obesidade se associa a um quadro inflamatório subclínico, ao estresse oxidativo e alterações indesejáveis na composição da microbiota intestinal. O óleo de coco virgem e o azeite de oliva extra virgem são óleos vegetais que apresentam composição nutricional distinta e cujo consumo tem sido associado a benefícios relacionados ao controle da obesidade e à promoção da saúde. Sugere-se que tais efeitos estejam relacionados à atividade antioxidante e antimicrobiana, resultando em alterações benéficas à microbiota intestinal. Entretanto, são escassos os estudos em que se avaliou o efeito destes óleos contra bactérias que compõe a microbiota intestinal. Objetivos: Caracterizar quimicamente e avaliar a atividade antioxidante, o teor de compostos bioativos e a capacidade antimicrobiana in vitro, contra bactérias intestinais relacionadas ao excesso de peso, do óleo de coco virgem e do azeite de oliva extra virgem. Metodologia: Três marcas comerciais de azeite de oliva extra virgem e óleo de coco virgem foram testadas. A atividade antioxidante foi avaliada por meio do teste de DPPH. Investigamos a ocorrência e concentração dos oito isômeros de vitamina E (α, β, γ, δ tocoferois e tocotrienois); carotenoides (α-caroteno, β-caroteno e β-criptoxantina, luteína e zeaxantina); flavonoides (3-deoxiantocianidinas, flavonas e flavanona) e compostos fenólicos totais. Essas análises foram realizadas por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), exceto os compostos fenólicos totais e atividade antioxidante, que foram analisados por meio de espectrofotometria. Para avaliação da atividade antimicrobiana foi selecionada a marca de cada óleo que apresentou melhor perfil de compostos bioativos. Os óleos foram previamente digeridos in vitro pela ação da lipase pancreática. Os microrganismos testados foram B. fragilis, B. ovatus, C. perfringens, E. faecalis, E. coli, L. paracasei, P. intermedia e S. aureus. Foram determinadas a concentração inibitória mínima (CIM) dos óleos selecionados, a velocidade específica de crescimento das bactérias testadas e a densidade óptica final de 24 horas. Resultados: O azeite de oliva possui os isômeros α, β e γ-tocoferol, enquanto o óleo de coco α, β, γ e δ-tocotrienol. O azeite de oliva possui maior teor de vitamina E total que o óleo de coco. Dentre as marcas de óleo de coco, a marca 1 apresentou maior concentração de xivitamina E total e dos isômeros identificados. O único carotenóide identificado foi a luteína, apenas nas amostras de azeite de oliva, sendo a marca 1 a que apresentou maior concentração. Não detectamos a ocorrência de flavonoides em nenhum tipo de óleo. As marcas de óleo de coco apresentaram conteúdo inferior de compostos fenólicos em relação ao azeite de oliva. As marcas de azeite de oliva apresentaram percentual de inibição do radical DPPH dez vezes maior que as do óleo de coco. O azeite de oliva não apresentou atividade antimicrobiana contra nenhuma das bactérias testadas. O óleo de coco inibiu o crescimento de sete das oito bactérias avaliadas. As bactérias anaeróbias foram mais sensíveis à ação do óleo digerido, apresentando valores de CIM menores que as aeróbias. Conclusões: As diferentes marcas de um mesmo tipo de óleo diferiram quanto à composição dos compostos antioxidantes. A marca 1 do azeite de oliva e a marca 1 do óleo de coco se destacaram em relação aos compostos analisados. O azeite de oliva extra virgem apresentou melhor perfil de compostos bioativos e maior atividade antioxidante que o óleo de coco. Enquanto o azeite de oliva não inibiu o crescimento microbiano, o óleo de coco apresentou alta atividade antimicrobiana contra bactérias relacionadas ao excesso de peso. |