Histopathology of mango - Ceratocystis fimbriata interaction

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Araujo, Leonardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Doutorado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1066
Resumo: A murcha de Ceratocystis, causada por Ceratocystis fimbriata, é uma das doenças mais importantes que afetam a produção de manga no Brasil. Informações sobre o processo de infecção de C. fimbriata nos tecidos do caule de diferentes cultivares de mangueira e os mecanismos de resistência do hospedeiro contra a infecção do patógeno é pouco disponível na literatura. Assim, o objetivo geral deste trabalho foi investigar por meio de cortes histopatológicos possíveis mecanismos de defesa de diferentes cultivares de mangueira formados após a infecção de C. fimbriata. No primeiro estudo, investigou-se histopatologicamente o processo de infecção de dois isolados de C. fimbriata (CEBS15 e MSAK16) em cinco cultivares de mangueira e para isso secções de caule, obtidas no ponto de inoculação foram preparadas para observações histopatológicas em microscopia de luz. Os fatores cultivares de manga e isolados de C. fimbriata e suas interações foram significativos para todas as medidas de desenvolvimento da doença. Plantas das cultivares Espada, Haden e Palmer inoculadas com os dois isolados de C. fimbriata foram mais suscetíveis, enquanto que plantas das cultivares Tommy Atkins e Ubá foram moderadamente resistentes e resistentes, respectivamente. Histopatologicamente os isolados fúngicos colonizavam intensamente os tecidos do caule de plantas das cultivares suscetíveis Espada, Haden e Palmer, a partir do colênquima e se moviam na direção ao parênquima cortical, aos vasos do xilema e ao parênquima medular. De modo contrário, nos tecidos do caule de plantas das cultivares resistentes Tommy Atkins e Ubá, muitas células reagiram à infecção de C. fimbriata pela acumulação de material amorfo que contribuiu para que muitas hifas fúngicas aparecerem mortas. Os resultados do presente estudo indicam a importância dos compostos fenólicos para resistência de cultivares de manga contra a infecção de C. fimbriata. No segundo estudo determinou-se a resposta de duas cultivares de manga, Ubá (resistente) e Haden (suscetível), à infecção por um isolado de C. fimbriata (MSAK16), examinando a ocorrência de zonas de barreira e a acumulação de elementos minerais e compostos fenólicos. Avaliou-se o progresso da doença nos tecidos do caule e as respostas histopatológicas de plantas inoculadas das cultivares Haden e Ubá. Secções do caule obtidas a partir dos pontos de inoculação foram utilizadas para observação por microscopia de fluorescência, microscopia eletrônica de varredura (MEV) associada à microanálise de raios-X e microscopia eletrônica de transmissão (TEM). Com base na evolução da doença a Haden foi mais suscetível à murcha do Ceratocystis, comparado a Ubá. Tecidos adjacentes às áreas necróticas das secções de caule da Ubá apresentavam maior autofluorescência que da Haden. De acordo com a microanálise de raio-X, os picos e as deposições de enxofre (S) e cálcio (Ca) nos tecidos do caule da Ubá foram maiores que da Haden. Observações em MEV permitiram evidenciar abundantes hifas fúngicas, clamidósporos e estruturas semelhantes a peritécio de C. fimbriata nos tecidos da Haden. Em contraste, as estruturas de C. fimbriata foram pouco observadas no tecido do caule da Ubá. Observações de TEM mostraram que hifas longas e grossas de C. fimbriata colonizavam as células de fibras e parênquima, bem como os vasos do xilema dos tecidos de caule da Haden. Ao contrário na Ubá as hifas fúngicas eram delgadas e muitas vezes cercadas ou presas por material amorfo eletro denso, com muitas hifas com aparência de morta. As paredes das células do parênquima da Haden foram completamente degradadas pela colonização de C. fimbriata, enquanto que as paredes das células do parênquima da Ubá raramente mostraram sinais de degradação, principalmente porque elas foram protegidas pelo acúmulo de material amorfo. Na Haden, hifas penetraram na membrana da pontuação, alcançando os vasos do xilema dos tecidos de caule sem impedimento aparente, enquanto que nos tecidos do caule da Uba, a penetração das hifas foi frequentemente impedida pela presença de material amorfo. Os resultados do presente estudo sugerem que as zonas da barreira associadas com depósitos de S e Ca, e à acumulação de compostos fenólicos desempenham um papel essencial na resistência da mangueira contra a infecção de C. fimbriata.