Dinâmica espaço-temporal da murcha de Ceratocystis em Mangifera indica e associação da doença a potenciais vetores
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Mestrado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4429 |
Resumo: | Murcha de Ceratocystis, causada por Ceratocystis fimbriata, é uma doença destrutiva da mangueira, e sua epidemiologia é pouca compreendida. O objetivo do estudo foi descrever a dinâmica espaço-temporal da murcha de Ceratocystis, e verificar sua associação com coleobrocas e cupins em duas regiões produtoras. Epidemias da murcha de Ceratocystis foram avaliadas durante 15 meses, em cinco talhões, dois em Itaocara- RJ (A1RJ e A2RJ) e três em Frutal-MG (A1MG, A2MG, e A3MG). Os modelos logístico, Gompertz, e monomolecular foram ajustados aos dados mensais de incidência, severidade, e de plantas mortas por meio da análise Bayesiana. Obteve-se melhor ajuste das curvas de todas as epidemias com o modelo de Gompertz. A distribuição marginal a posteriori da epidemia A2RJ teve maiores valores de taxa de incidência, enquanto que as distribuições das epidemias A1RJ, A1MG, A2MG, e A3MG não diferiram. Os menores valores de taxa de severidade e mortalidade foram observados nas distribuições marginais a posteriori das epidemias de Itaocara, e não houve diferenças entre as distribuições das epidemias de Frutal. O padrão de ocorrência da doença em cada planta também diferiu entre as regiões. Quando a doença foi detectada pela primeira vez, os valores de severidade em cada planta em Itaocara variaram de 0,1 a 60%, enquanto em Frutal o valor de severidade foi sempre 100%. Em Itaocara, as plantas doentes demoraram mais para morrer do que em Frutal. Com relação à dinâmica espacial, em Itaocara observaram-se valores máximos de intensidade da doença em focos e valores intermediários em diferentes locais dos talhões, enquanto em Frutal a doença ficou agrupada em focos de maior intensidade e progrediu apenas nesses locais. Em Itaocara, a doença disseminou-se de forma aleatória a partir dos focos iniciais para locais mais distantes, enquanto em Frutal disseminou-se de forma agregada para as plantas sadias próximas. Não houve associação espacial da doença com cupins em todos os talhões, mas houve associação espacial da doença e coleobrocas aos estádios iniciais da doença em A1RJ e A2RJ, e aos estádios posteriores nos talhões A1MG e A2MG. Assim, concluiu-se que a dinâmica espaço-temporal da murcha de Ceratocystis em Itaocara e Frutal diferiram muito provavelmente por causa das diferenças em relação ao inóculo inicial e mecanismos de dispersão do patógeno. |