Crescimento e alterações fisiológicas pós-colheita em frutos de maxixe (Cucumis anguria)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Fernanda Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7979
Resumo: Frutos de maxixe (Cucumis anguria) têm curto período pós-colheita, tornando-se amarelecidos e sem valor comercial, fato que pode estar associado à sua colheita desuniforme. Para os frutos de maxixe, ainda não é conhecido o padrão do crescimento. É importante avaliar o processo de desenvolvimento e a fisiologia dos frutos, pois permite estabelecer o momento oportuno de aplicação dos tratos culturais e o período adequado da colheita, visando estender o período pós-colheita e manutenção da qualidade. Mudanças físicas, químicas e fisiológicas ocorrem durante o processo de crescimento, amadurecimento e senescência, influenciadas pelo etileno, hormônio que regula muitos aspectos fisiológicos. Neste sentido, frutos carnosos podem ser divididos em duas categorias, de acordo com suas respostas fisiológicas ao etileno: frutos sensíveis ao etileno e frutos insensíveis, relacionadas com receptores de etileno. Diante disso, o objetivo específico desse trabalho foi: caracterizar as alterações físicas, químicas e fisiológicas de frutos de maxixe, de duas variedades comerciais, Maxixe do Norte e Maxixe Liso de Calcutá; determinar a curva de crescimento dos frutos de ambas as cultivares e o ponto de colheita comercial ideal dessas variedades; avaliar a sensibilidade das duas cultivares, Maxixe do Norte e Maxixe Liso de Calcutá, tratados com etileno, em estádio de colheita comercial, além de frutos obtidos do CEASA, para determinar se a falta de homogeneidade no ponto de colheita desses frutos interfere na resposta ao etileno. Avaliou-se também o padrão climatérico dos frutos das duas variedades comerciais. O experimento foi conduzido na horta nova da Universidade Federal de Viçosa nos anos de 2014 e 2015. Flores femininas foram identificadas, logo após abertura floral, para controle do desenvolvimento dos frutos, sendo realizadas análises de diâmetro transversal e longitudinal, volume, massa fresca (MF), massa seca (MS), sólidos solúveis totais (SST), acidez, clorofila a, clorofila b e clorofila total (CT), carotenoides, açúcares solúveis totais (AST), açúcares redutores (AR), açúcares não redutores (ANR), amido e a produção de CO2 e etileno pelos frutos. Para análise da sensibilidade ao etileno, os frutos foram colhidos em maturidade comercial e tratados com diferentes concentrações de etileno gasoso: 0,1; 1; 10; 100 e 1000 μL/L, e o controle. Análises de perda da massa fresca (PMF), teor de ácido ascórbico (VIT C), CT, carotenoides, AST, AR, ANR e amido foram realizadas nos dias 0, 2, 4, 6, 8 e 10, após a colheita. Frutos obtidos do CEASA receberam os mesmos tratamentos, sendo realizadas avaliações de PMF e CT, nos dias 0, 2, 4, 5 e 7. Para análise do padrão respiratório, frutos receberam os mesmos tratamentos acima, porém foram colocados individualmente em potes para acúmulo de CO2 e etileno, sendo realizada análise do ar acumulado a cada 2 dias, ao longo de 10 dias. Os frutos, de ambas as variedades, apresentaram curva de crescimento sigmoide simples, com taxa máxima de crescimento aproximadamente no 11° dia após a antese. Os frutos apresentaram decréscimo na respiração, com pico no sexto dia após antese. Os tratamentos não apresentaram diferença significativa para as variáveis avaliadas. Os frutos obtidos no CEASA, tratados com 100 e 1000 μL/L de etileno, estavam deteriorados no quarto dia de avaliação. Essas doses induziram maiores PMF e maior degradação de clorofila. Os frutos não apresentaram pico de respiração e de etileno, independente da concentração aplicada. Frutos de maxixe são praticamente insensíveis ao etileno e podem ser classificados como não climatéricos.