Protocolos de sincronização e indução do estro e ovulação em cabras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Maffili, Vitor Valério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11298
Resumo: O objetivo do estudo foi desenvolver protocolos de indução e sincronização de estro e de ovulação mais efetivos, maximizando a eficiência reprodutiva de caprinos. Na primeira parte, compararam-se diferentes dispositivos intravaginais associados ao cipionato de estradiol para sincronização do estro de cabras Saanen, sendo oito multíparas e quatro nulíparas, que foram distribuídas em dois tratamentos. As cabras do T1 (n=6) foram injetadas com 1 mg de cipionato de estradiol (CE), associado à inserção da esponja intravaginal (dia 0), impregnada com 60 mg de medroxiprogesterona, e as do T2 (n=6) foram também injetadas com 1 mg de CE associado ao CIDR-G ® (dia 0), sendo ambos os dispositivos retirados no quinto dia. Foram avaliados o perfil plasmático de progesterona, a dinâmica folicular ovariana e os parâmetros reprodutivos. Em ambos os tratamentos houve regressão folicular com emergência de nova onda no quarto dia. O número de animais que entraram em estro e ficaram gestantes foi semelhante entre os tratamentos (P>0,05). Quanto aos parâmetros reprodutivos, cabras do T1 tiveram maiores intervalos tratamento-início e fim do estro que as do T2 (P<0,05); porém, a duração de seus estros foi para entrar e sair do estro, com duração do estro semelhante nos dois tratamentos. Quanto aos parâmetros ovulatórios, os animais de T2 apresentaram maior número de ovulações (P<0,05) e menor diâmetro do folículo ovulatório (P<0,05). No segundo experimento, o esquema de sincronização foi idêntico, exceto pela aplicação de 50 μg de hormônio luteolítico (d-cloprostenol) por cabra. Assim como no experimento anterior, cabras que receberam CIDR-G ® associado à prostaglandina tiveram o início e o fim do estro mais precoce (P>0,05), com duração do estro semelhante entre os tratamentos. O número de animais em estro e gestante foi similar. Os parâmetros reprodutivos não sofreram interferência do tipo de dispositivo utilizado (P>0,05). No terceiro experimento, o protocolo usado para a indução do estro foi semelhante ao descrito no segundo experimento, adicionado de 250 UI de eCG, aplicado no quarto dia. Todas as cabras manifestaram estro. Destas, 83,3% (5/6) e 33,3% (2/6) ficaram gestantes no T1 e T2, respectivamente. O tipo de dispositivo utilizado (esponja intravaginal ou CIDR-G ® ) não influenciou os parâmetros avaliados. No quarto experimento, objetivou-se estabelecer um protocolo para inseminação artificial em tempo fixo. Assim, no dia zero inseriu o CIDR-G ® associado à aplicação de 5 mg de dinoprost e 1 mg de cipionato de estradiol. No dia quatro, foram aplicados 250 UI de eCG e, no quinto dia, retirou-se o CIDR-G ® . Vinte e quatro horas depois de retirado o CIDR-G ® , as cabras do T1 (n=8) receberam 1 mg de cipionato de estradiol, enquanto as do T2 (n=8) receberam 250 UI de hCG 30 horas depois de retirado o CIDR-G ® . Ambos os tratamentos foram efetivos em induzir a ovulação; contudo, cabras do T1 demonstraram maior sincronia no momento das ovulações. No quinto experimento, objetivou-se comparar a reutilização do CIDR-G ® por uma ou duas vezes. Foram utilizadas 18 fêmeas da raça Toggenburg, distribuídas aleatoriamente em três tratamentos: T1: CIDR-G ® novo; T2: implantação do CIDR-G ® utilizado uma vez; e T3: implantação do CIDR-G ® utilizado duas vezes. No dia zero, aplicaram-se 50 μg de d-cloprostenol (PGF) nos diferentes tratamentos e o CIDR-G ® foi retirado no quinto dia. As cabras que responderam foram submetidas à monta natural. A porcentagem de animais em estro e a taxa de fertilidade foram de: 83,3 e 60% (T1); 83,3 e 60,0% (T2); e 100,0 e 83,3% (T3), respectivamente. As cabras do T1 entraram em estro mais precocemente em relação às do T2 e T3. As cabras do T3 apresentaram estro mais longo comparando-se às do T1 e do T2. Houve correlação negativa entre a duração do estro e o intervalo da retirada do CIDR-G ® início do estro. Com relação aos parâmetros ovulatórios avaliados, os tratamentos empregados influenciaram o diâmetro médio do folículo ovulatório, sendo que cabras do T3 apresentaram diâmetro médio do folículo superior às demais. Observou-se que, o número de ovulações e a taxa de crescimento do folículo ovulatório não sofreram interferência do tratamento empregado.