Sincronização do estro e da ovulação em cabras durante a estação reprodutiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Meireles, Karine de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11341
Resumo: O experimento foi conduzido no Setor de Caprinocultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, durante o mês de Junho de 2004, época correspondente à estação reprodutiva. O objetivo foi sincronizar a ovulação, através de dois protocolos contendo gonadotrofina coriônica eqüina (eCG) e eCG associado ao hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), em cabras com o estro sincronizado por esponjas contendo acetato de medroxiprogesterona (MAP) e observar o momento de ovulação, por meio de exames ultra-sonográficos seriados. A identificação do momento de ovulação teve como finalidade predizer o melhor momento para cobrição ou inseminação artificial em tempo fixo e, desta forma, tornar possível a obtenção de melhores índices de fertilidade, sem a prévia identificação do estro, após programas de sincronização do estro. Foram utilizadas 44 cabras multíparas lactantes, sendo: 31 Alpinas e 13 Saanen, com idade entre 2 a 5 anos, peso corporal médio de 58 kg. Estas fêmeas foram distribuídas aleatoriamente em três tratamentos, após a indução do estro pela inserção de esponja intravaginal contendo 60 mg de MAP por 9 dias e administração de 37,5 μg de prostaglandina sintética (d-cloprostenol), por via intramuscular (IM) 48 h antes da retirada da esponja. Os animais do tratamento 1 (controle) receberam 1 mL de solução salina, os do T2, 200 UI de eCG 48 h antes da retirada da esponja e os do T3, 200 UI de eCG 48 h antes da retirada da esponja e 12,5 μg de Lecirelina, um análogo do GnRH, por via IM, 24 h após a retirada da esponja. Os animais foram acasalados utilizando-se a monta natural 12 h após o início do estro, detectado com o auxílio de um rufião em conjunto com as observações dos sinais característicos do estro nesta espécie. Um segundo acasalamento foi efetuado caso o estro persistisse. A ovulação foi monitorada por exames ultra-sonográficos, via transretal, com início 12 h após a retirada da esponja e término após a detecção da ovulação ou 96h após o início do estro. A observação do estro assim como a detecção do momento de ovulação foram realizadas a cada 4 h. Os diagnósticos de gestação foram realizados aos 25 e 40 dias após a cobertura por exame ultra-sonógrafico, via transretal. A percentagem de animais em estro encontrada foi de 100,0, 92,9 e 60,0 % e o intervalo da retirada da esponja ao início do estro foi de 44,0 ± 14,3; 41,2 ± 11,4 e 38,7 ± 13,5 h para os animais do T1, T2 e T3 respectivamente, não diferindo entre os tratamentos. A duração média do estro foi de 19,8 ± 9,3; 21,3 ± 6,4 e 17,3 ± 8,3 h e também não diferiu entre os tratamentos. O intervalo de tempo médio do estro à ovulação foi de 24,5 ± 10,4; 19,6 ± 9,4 e 14,4 ± 9,4 h para os tratamentos T1, T2 e T3 respectivamente. O intervalo da retirada da esponja à ovulação, foi equivalente à 70,3 ± 13,4 ; 60,7 ± 11,7; 55,9 ±. 20,7 h. As taxas de gestação foram maiores para os animais do T1 (78,6 %) e T2 (71,4 %), quando comparadas ao T3 (40 %). Houve diferença estatística (P<0,05) entre os tratamentos T1 e T3. Não foram verificadas perdas embrionárias entre os dias 25 e 40° de gestação em nenhum dos grupos estudados.