Efeitos da laserterapia de baixa potência associada ou não a exercício excêntrico no tratamento de tendinopatia induzida do tendão calcanear comum de Ratos (Rattus norvegicus)
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5189 |
Resumo: | A dissertação foi desenvolvida em dois subprojetos, sendo o primeiro intitulado Análises clínica e biomecânica do tendão calcanear comuns de ratos Wistar submetido à laserterapia associada ou não a exercício excêntrico , e o segundo Análise histomorfometrica do tendão calcanear comum de ratos Wistar tratado com laserterapia e exercício excêntrico . O primeiro subprojeto teve como objetivo avaliar o efeito da terapia com laser de baixa potência associada a exercício excêntrico (caminhada em declive) na tendinopatia do tendão calcanear comum de ratos Wistar, mediante análises clínica e biomecânica, enquanto no segundo por meio de análises histopatológica e morfométrica. Foram utilizados 63 ratos machos, adultos, que foram distribuídos aleatoriamente nos grupos L (laser), E (exercício excêntrico), LE (laser e exercício excêntrico), R (repouso), CL (tendão contralateral) e S (tendão sadio). Os últimos dois grupos existiram apenas no primeiro subprojeto. Tendinopatia unilateral com lesão induzida foi realizada mediante compressão transversal seguida por escarificações das fibras dos tendões, exceto nos animais do grupo S. Os tratamentos laserterapia (904 nm/3 J/cm2) e/ou exercício excêntrico (caminhada em declive; 12 m/min; 50 min/dia; esteira com 15o de inclinação) iniciaram 24 h após cirurgia e permaneceram por 20 dias. Os animais foram submetidos à avaliação física (sensibilidade dolorosa e exame da capacidade motora) a cada três dias, com eutanásia sendo realizadas 3, 7, 14 e 21 dias após indução de tendinopatia, exceto nos animais submetidos às análises clínica e biomecânica, cujo procedimento foi realizado apenas aos 21 dias. Durante a eutanásia foi realizada avaliação macroscópica do local da lesão e o diâmetro transversal do tendão foi mensurado (analisado apenas no primeiro subprojeto). Na sequência, 18 tendões (provenientes de 15 ratos) foram obtidos e congelados a -20oC até o momento do teste biomecânico, onde foram analisadas as características carga máxima (N), tensão na carga (MPa) e extensão máxima (mm). Para a análise histomorfométrica as seguintes características foram estudadas: hemorragia, aderência tecidual fibrinosa, espessamento do epitendão, organização e quantidade das fibras colágenas e dos vasos sanguíneos, infiltrado inflamatório e fibroblastos, assim como colágenos (tipo I e III) e viii organização do tecido conjuntivo. Edema local foi observado nas primeiras 72 h do pós- operatório, mas não foi constatado dor durante exame físico. Não houve aumento no diâmetro transversal dos tendões nem presença de aderência fibrosa na avaliação macroscópica realizada nos ratos do primeiro subprojeto. Entretanto, essa última característica foi observada em um animal deixado em repouso e outro submetido à laserterapia na avaliação realizada com uma semana no segundo subprojeto. Nas análises clínica e biomecânica, o grupo submetido a exercício excêntrico apresentou menor (p=0,0000) capacidade de locomoção entre os animais lesionados (incluindo os do grupo em repouso), já no segundo subprojeto foram os ratos mantidos em repouso (p=0,0008). Não houve diferença entre grupos, inclusive considerando-se os tendões sadios e contralaterais, nas características biomecânicas carga máxima (p=0,4379), tensão na carga (p=0,4605) e extensão máxima (p=0,3820) avaliadas. Entretanto, foi observado entre os tendões lesionados, que os do grupo LE necessitaram maior carga e tensão para se romperem. Não houve diferença entre grupos nem entre tempos nas características hemorragia, formação de aderência fibrinosa, organização das fibras colágenas e organização do tecido conjuntivo. Considerando os grupos, independentemente do tempo, foi observado que o exercício excêntrico acarretou espessamento do epitendão (p=0,0204), que foi menor no grupo submetido à laserterapia. A análise histológica apresentou diferença (p=0,0032) na quantidade de células inflamatórias ao longo do tempo, sendo observado em maior quantidade no grupo apenas exercitado. Esse resultado foi confirmado pela análise morfométrica, que demonstrou haver interação significativa (grupos x tempo) nessa característica, onde o exercício excêntrico aumentou (p=0,0014) o infiltrado inflamatório ao longo do tempo (3 e 21 dias), porém, quando associado à laserterapia, ocorreu redução do reação inflamatória. Por outro lado, a associação dos tratamentos ocasionou maior angiogênese, nas análises morfométrica (p=0,0000) e histológica (p=0,0006), quando comparado com os demais grupos, enquanto a aplicação isolada do laser de baixa potência reduziu essa característica ao longo do tempo. Os animais mantidos em repouso foram os que apresentaram menor (p=0,0000) quantidade de fibroblastos na análise morfométrica. Já na avaliação histológica, houve interação significativa (grupo x tempo) (p=0,0024). Maior quantidade de fibroblastos foi observada nos grupos E, L e LE, nos 7 o , 14 o e 21 o dias, respectivamente. Os animais que receberam laser e foram exercitados apresentaram maior (p=0,0000) quantidade de fibras colágenas ao longo do tempo. A utilização do laser de baixa potência na dose de 3 J e comprimento de onda de ix 904 nm, associada ao exercício excêntrico caminhada em esteira, iniciados 24 h após tendinopatia induzida cirurgicamente em ratos Wistar não resulta em um tendão biomecanicamente tão resistente ou elástico quanto o tendão saudável. Por outro lado, a combinação dos tratamentos possui a vantagem de aumentar a quantidade de fibras colágenas, reduz a aderência fibrinosa e infiltrado inflamatório. Já a aplicação isolada da laserterapia é adequada para angiogênese e para evitar o espessamento do tendão. Palavras-chave: tendão de Aquiles; análise histomorfometria e biomecâmica do tendão, atividade física, terapia a laser. |