Estudo experimental comparativo da infecção por Leptospiras patogênicas no hamster e no rato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Athanazio, Daniel Abensur
Orientador(a): Reis, Mitermayer Galvão dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34038
Resumo: A leptospirose persiste como uma doença cuja patogênese é pouco compreendida. O modelo experimental de ratos é atraente para compreensão de mecanismos envolvidos na disseminação e tropismo de leptospiras, persistência da colonização renal e fatores relacionados à resistência à doença. No entanto, os relatos experimentais em ratos são escassos. O presente trabalho tem como objetivo validar o modelo de ratos experimentalmente infectados para estudos subseqüentes de colonização, tropismo e patogênese, avaliando a influência do inóculo, idade do animal, tempo de persistência e tempo requerido para colonização renal, e achados de histopatologia relacionados ao processo de disseminação e colonização. Ratos Wistar foram infectados com Leptospira interrogans sorovar Copenhageni cepa FIOCRUZ L1-130 e avaliados em diferentes intervalos até o máximo de 4 meses. A detecção de leptospiras nos tecidos foi realizada por cultura, impregnação pela prata e imunofluorescência. A comportamento da infecção e patologia associada foram comparadas no modelo de hamsters e ratos. A dose infectante para estabelecimento de colonização renal em 50 por cento dos ratos foi calculada em 104,68 ou 47863 leptospiras. Em diferentes experimentos, a persistência da colonização renal durou até quatro meses, o último intervalo estudado. Após uma semana de inóculo, 75 por cento dos ratos apresentam colonização de leptospiras nos rins. Num estudo de cinética da colonização renal, um padrão de colonização tubular pode ser detectado a partir do oitavo dia. O processo de colonização não é acompanhado por achados histopatológicos no rim. Todavia, após intervalos iguais ou maiores de um mês, demonstrou-se nefrite intersticial linfohistiocitária de grau discreto. Concluímos que a colonização renal é facilmente reproduzi da neste modelo persistindo por até 4 meses após o inóculo e em 75 por cento dos ratos requer menos de 1 semana para ser estabeleci da. A análise histológica não identifica lesões relacionadas com o processo de colonização, mas uma nefrite intersticial tardia pôde ser observada. Concluímos que o modelo experimental de ratos pode contribuir para estudos relacionados à patogênese da leptospirose.