Distinção de ambientes e parcelamento de assentamentos rurais: uma abordagem metodológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Freitas, Helder Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10854
Resumo: Diante da complexidade do tema e da necessidade de desenvolvimento de novas indagações e metodologias para o parcelamento que oriente a ocupação e usos da terra em assentamentos rurais de forma mais sustentável ambiental e socialmente, este trabalho teve o seguinte objetivo: contribuir para a redefinição dos fatores que compõem o metodo de avaliação e planejamento de áreas para fins de Reforma Agrária, e mesmo, redefinição da metodologia utilizada. Para isso, utilizou- se do estudo de caso do assentamento “Primeiro de Junho”, Tumiritinga, Minas Gerais. Etapas e atividades da pesquisa: - reuniões com as famílias para explicar os objetivos do trabalho, discutir qualidade dos lotes e parcelamento do assentamento; levantamento do meio físico (Lemos e Santos, 1996): SBCS (EMBRAPA, 1999), Capacidade de Uso (Lepsch, 1983), Aptidão Agrícola (Ramalho Filho, 1978); entrevistas semi-estruturadas (Pereira & Little, 2000) as famílias: grupo coletivo e individual; - tratamento das informações por meio de Sistemas de Informações Geográficas (SIG); - transcrição e sistematização das entrevistas; - redação da tese. Os resultados da avaliação do meio físico apontaram para um comportamento semelhante na estratificação dos ambientes do assentamento para os sistemas “Capacidade de Uso” e “Aptidão Agrícola”, apesar de partirem de fundamentações teéricas distintas. Por outro lado, mesmo com pouco tempo (13 anos) de convivência com os ambientes do assentamento e sendo de outra região, as famílias individuais conseguem estratificar muito bem os micro-ambientes da área, alem de desenvolver estratégias de uso para os mesmos. Quanto a Legislação Ambiental, tem-se um ponto de conflito na constituição de assentamentos, pois esta exclui do parcelamento ãreas essenciais para o sustento das famílias (APP's cursos d'água). Isso leva os assentados a viver numa situação de ilegalidade, não tendo outra alternativa senão o uso de tais ambientes. Assim, qualquer proposta metodológica de avaliação do meio físico e social para fins de planejamento de assentamentos rurais faz-se necessário a flexibilidade para integração de informações de diversas naturezas, dentre elas o conhecimento local e as propostas de desenvolvimento e organização social dos assentados. A constituição de assentamentos unicamente por meio da pressão dos movimentos sociais, sem uma política efetiva de Reforma Agrária, dificulta qualquer proposta de sustentabilidade na constituição dos assentamentos rurais com o assento excessivo de famílias nas áreas.