Otimização do uso da água na produção de mudas clonais de Eucalyptus
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Agrometeorologia; Climatologia; Micrometeorologia Mestrado em Meteorologia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5254 |
Resumo: | O Brasil detém 11,6% de toda a água doce existente no planeta, sendo que 67% da água disponível é utilizada na agricultura. Verifica-se que o uso indiscriminado desse recurso tem gerado discussões quanto ao alcance de um desenvolvimento sustentável para o país. O eucalipto é uma espécie de uso múltiplo que apresenta rápido crescimento e alta produtividade, por ser adaptado às condições climáticas do Brasil. Para elevar a produtividade da cultura no campo, o processo de produção das mudas deve ser realizado propiciando condições hídricas, nutricionais, microclimáticas e sanitárias adequadas. A presente pesquisa teve como objetivos realizar a modelagem do crescimento das mudas de eucalipto em função do tempo térmico, desenvolver e calibrar um minilisímetro de pesagem para utilização em ambiente protegido e determinar a evapotranspiração de mudas de eucalipto em todas as fases de produção (enraizamento, aclimatação, crescimento e rustificação). O experimento foi conduzido no Viveiro de Pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, pertencente à Universidade Federal de Viçosa. Foram realizados dois ciclos de produção de mudas de eucalipto (Eucalyptus grandis x E. urophylla), sendo que no primeiro o manejo da irrigação foi realizado de acordo com o convencionalmente utilizado pelo viveiro. No segundo ciclo de produção a irrigação foi acionada em função da demanda hídrica na cultura. Além da determinação da biomassa fresca e seca das mudas, com periodicidade de 3 dias, foram realizadas medidas biométricas das mudas de eucalipto, nas quais foram mensuradas a área foliar, altura da parte aérea, diâmetro do colo e comprimento do sistema radicular. Posteriormente, foi determinada a qualidade das mudas por meio do Índice de Qualidade de Dickson (IQD). A determinação da evapotranspiração foi realizada com o auxílio do minilisímetro de pesagem, desenvolvido e calibrado para utilização em ambiente protegido. A quantificação da entrada e saída de água no minilisímetro foi baseada no acúmulo de biomassa fresca das mudas em função dos graus-dia acumulados, na interceptação de água pelas folhas e pela bandeja, e na quantidade de água retida nos microporos do substrato. Em média, foram necessários 1045 graus-dia acumulados para a produção das mudas de eucalipto, do enraizamento à rustificação, em ambos os ciclos de produção. Em média, a evapotranspiração das mudas de eucalipto na fase de enraizamento foi igual a 2,40 mm; na aclimatação igual a 2,00 mm; no crescimento de 4,82 mm e na rustificação igual a 3,84 mm. Com relação à lâmina aplicada, comparando a aplicação de água pelo manejo convencional e otimizado, verificou-se uma economia hídrica pelo manejo otimizado de 11,9 % na fase de enraizamento; 60,3 % na fase de aclimatação; 25,6 % na fase de crescimento e 30,6 % na fase de rustificação. As novas lâminas de irrigação propostas não afetaram a qualidade das mudas. A evapotranspiração das mudas no interior do ambiente protegido se mostrou altamente correlacionada com as variáveis meteorológicas externas, podendo ser recomendada para estimativa da evapotranspiração em ambiente protegido. |