Balanço de carbono e trocas gasosas nos diferentes compartimentos em plantios de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rody, Yhasmin Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Agrometeorologia; Climatologia; Micrometeorologia
Doutorado em Meteorologia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1518
Resumo: O balanço de carbono em ecossistemas florestais é representado pela produção primária líquida, definida como a diferença entre a energia química fixada pela fotossíntese e a perda entre respiração heterotrófica e autotrófica e a mortalidade. O entendimento destes processos é crítico para predizer os efeitos do ambiente no crescimento da planta. O presente estudo teve por objetivo investigar as trocas de CO2 e vapor d água em escalas de órgãos da planta, de dosséis e por medidas no solo, buscando avaliar as variações temporais de forma contínua e em medidas pontuais e os efeitos da sazonalidade climática em plantios de eucaliptos em diferentes idades. Para isto, foram utilizados equipamentos que coletam dados em alta freqüência, a partir de técnicas de razão isotópica e do sistema eddy covariance presente em duas torres micrometeorológicas em plantios de eucalipto localizados no Estado do Mato Grosso do Sul. As medidas abrangeram as idades de 0 18 meses (eucalipto jovem) e 49 a 65 meses (eucalipto adulto). A absorção do CO2 da atmosfera foi crescente a partir do plantio das mudas no campo. Em idades mais jovens, são verificadas as maiores taxas de fixação, determinada pela produtividade primária bruta e respiração de CO2, provavelmente devido ao crescimento mais acelerado, observado por maiores incrementos de biomassa. Maiores fluxos respiratórios de CO2 foram mensurados em folhas e raízes das plantas nestas idades. No plantio adulto, os fluxos de CO2 apresentam um sensível aumento ao longo do tempo, reduzido na estação seca, sendo as folhas, o órgão com maior atividade respiratória, assim como nos plantios jovens. A resposta da planta ao clima é evidenciada pelo incremento do fluxo de CO2 com as maiores médias observadas nos valores diários da fotossíntese líquida, condutância estomática e da transpiração nas épocas de maiores disponibilidades hídricas e de energia. Também observou-se a influência da sazonalidade climática nas medidas biométricas do índice de área foliar e da área foliar específica. Em épocas secas, verifica-se que o plantio jovem foi mais eficiente no uso da água em relação ao adulto, o que facilita a aclimatação da planta em continuar a incorporação de carbono. As medidas de respiração do solo mostraram-se correlacionadas positivamente à temperatura do solo, sendo também influenciadas pelo conteúdo de água presente no solo. Comparando o resultado gerado pela influência do clima na razão isotópica (δ 13C) dos fluxos respiratórios, observa-se que em geral, os órgãos da planta e o solo apresentaram maiores discriminações na estação chuvosa. Não houve diferença estatística entre o δ13C de nenhum dos órgãos avaliados nos plantios jovem e adulto na estação chuvosa, diferente das folhas e os galhos na estação seca. A contribuição particionada dos indivíduos autotróficos e heterotróficos gerada a partir dos valores de δ13C em uma análise de mistura sugeriu que 51,7% é relacionado à parte aérea do ecossistema e logo, 48,3% é provida da respiração do solo e seus componentes. As metodologias utilizadas contribuíram com maior entendimento do balanço de carbono e a relação solo-planta-atmosfera e mostraram-se eficiente para avaliar as fontes contribuidoras do fluxo respiratório de ecossistemas de eucalipto.