Fontes de proteína para vacas em lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Pina, Douglas dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5678
Resumo: Foram utilizadas 12 vacas da raça Holandesa entre puras e mestiças, distribuídas em três quadrados latinos 4 x 4, organizados de acordo com os dias em lactação, com o objetivo de avaliar o efeito de dois períodos de coleta de fezes (dois ou seis dias) em intervalos de 26 horas, de dois indicadores (fibra indigestível em detergente neutro (FDNi) ou ácido (FDAi)) e de dietas com diferentes fontes protéicas sobre os consumos e as digestibilidades dos nutrientes, a produção e composição do leite, a eficiência de síntese de proteína microbiana, calculada a partir da excreção urinária de derivados de purina, a concentração de nitrogênio uréico no plasma e no leite, o balanço de compostos nitrogenados e a concentração de nitrogênio amoniacal e o pH ruminal. As dietas foram constituídas de 60% de silagem de milho na base da MS total, mais os concentrados, os quais foram constituídos de diferentes fontes protéicas (FS - farelo de soja; FA38 farelo de algodão 38%PB; FA28 - farelo de algodão 28%PB e FSU farelo de soja mais 5% de uréia/sulfato de amônio na MS do concentrado). Os quatro períodos experimentais tiveram duração de18 dias cada, sendo os últimos sete dias destinados às coletas de amostras. No 15º dia do período experimental; foi coletada uma amostra de leite por animal em cada uma das ordenhas, para posteriormente originar uma amostra composta. No 18º dia do período experimental foram coletadas, 4 horas após o fornecimento do alimento uma amostra spot de urina e uma amostra de sangue em cada um dos animais. O volume urinário médio diário foi obtido, admitindo-se a excreção total de creatinina de 24,4 mg/kg de PV. As comparações estatísticas foram sempre feitas em relação à dieta controle (FS). Os consumos de matéria seca (MS) e de matéria orgânica (MO) não diferiram entre as dietas (P>0,05). Os consumos de proteína bruta (PB) foram maiores para a dieta contendo FA38, enquanto os de proteína degradada no rúmen (PDR) e de proteína não degradada no rúmen (PNDR) foram maiores e menores, respectivamente, com as dietas FA28 e FSU. Os consumos de extrato etéreo (EE) foram maiores com as dietas FA38 e FSU e menores para a dieta FA28, enquanto os de carboidratos não fibrosos (CNF) foram menores com as dietas FA38 e FA28. Os consumos de fibra em detergente neutro (FDN) foram maiores com as dietas FA38 e FA28 e os consumos de nutrientes digestíveis totais (NDT) foram menores (P<0,05) com ambas as dietas em relação à dieta controle (FS). A excreção de matéria seca fecal foi superestimada e os coeficientes de digestibilidade da MS, MO, PB, FDN e CNF foram subestimados pela FDAi, mas não houve efeito dos dias de coletas de fezes. Em relação à dieta controle, os CD da MS, MO e FDN foram menores (P<0,05) com as dietas FA38, FA28 e FSU , os CD da PB e do EE foram menores e maiores (P<0,05),respectivamente, com as dietas FA38 e FA28, e o CD do CNF foi menor (P<0,05) com a dieta com FSU. A produção de leite (PL) corrigida (PLG) ou não para 3,5% de gordura, o teor e a produção de gordura do leite não foram influenciados (P>0,05), mas a eficiência de utilização da MS e do nitrogênio dietético para a produção de leite, o teor e a produção de proteína do leite foram inferiores (P<0,05), com as dietas FA28 e FA38 em relação à dieta controle. Não foram observadas diferenças (P>0,05) nas frações e na excreção total de derivados de purinas (PT), na síntese de proteína bruta (PB) microbiana (PBMIC) e na eficiência de síntese de PB microbiana expressa em g de PB/kg de NDT consumido. As concentrações de nitrogênio uréico no plasma (NUP) e no leite (NUL) também não diferiram (P>0,05) entre as dietas. Conclui-se que dois dias de coleta de fezes foram suficientes para estimar a digestibilidade dos nutrientes e os teores de NDT e que a FDNi foi mais precisa que a FDAi para estimar a produção de matéria seca fecal. Conclui-se também que o farelo de soja pode ser substituído pelo farelo de algodão 38% ou pela mistura de farelo de soja contendo 5% de uréia/sulfato de amônio na MS do concentrado, para vacas com produção média diária de 25 kg de leite, alimentadas com 60% de silagem de milho na base da MS total das dietas.