Níveis de lisina em rações para fêmeas suínas em lactação e para leitões pós- desmame

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Nunes, Christiane Garcia Vilela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11316
Resumo: Foram conduzidos dois experimentos para se determinar a exigência de lisina para matrizes suínas em lactação e leitões dos 6 aos 15 kg. No primeiro experimento, foram utilizadas 65 matrizes mestiças Large White e Landrace, com peso de 217,36 ± 21,35 kg, recebendo rações para a fase de lactação com diferentes níveis de lisina total (0,95; 1,03; 1,10; 1,18 e 1,25%). Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com cinco tratamentos e 13 repetições, sendo a matriz considerada a unidade experimental. O consumo total de ração foi fixado em 5 kg/dia por animal. Os tratamentos influenciaram (P<0,05) os consumos de lisina total e digestível, que aumentaram de forma linear. Os níveis de lisina da ração não influenciaram o peso das matrizes ao desmame, a perda de peso, a espessura de toucinho (ET) das matrizes, a variação na ET, a perda de gordura corporal, o número de leitões desmamados por leitegada, o ganho de peso da leitegada e o intervalo desmama-cobertura. No entanto, foi verificada redução linear (P<0,05) da porcentagem de perda de proteína corporal e da produção diária de leite das matrizes com o aumento do nível de lisina na ração. O número de leitões desmamados, embora não tenha variado entre os tratamentos, parece ter influenciado a produção de leite das fêmeas. Os resultados deste trabalho evidenciaram que, em menores consumos de lisina, as matrizes mobilizam mais suas reservas corporais protéicas para manter seu desempenho produtivo. Entretanto, a quantidade de proteína corporal mobilizada nas matrizes em estudo (2,2 kg, correspondente a 4,87% da proteína corporal) não foi suficiente para influenciar os parâmetros produtivos e reprodutivos. Concluiu-se que, o consumo diário de 45 g de lisina total, correspondente a 40 g de lisina digestível, atende as exigências de fêmeas suínas em lactação e que fêmeas suínas exigem 58,8 g de lisina total/dia, correspondente a 54 g/dia de lisina digestível, para minimização da perda de peso corporal durante a lactação. O segundo experimento foi conduzido para avaliar a exigência de lisina digestível para leitões na fase pré-inicial de crescimento. No segundo experimento, utilizou-se 120 leitões (80 machos castrados e 40 fêmeas), distribuídos em um delineamento experimental de blocos ao acaso, com cinco tratamentos (1,06; 1,16; 1,26; 1.36 e 1,46% de lisina digestível na ração), oito repetições e três animais por unidade experimental. Não se observou efeito dos tratamentos sobre o consumo de ração diário (CRD) dos animais. Entretanto, o consumo de lisina digestível, o ganho de peso dos animais e a deposição de proteína corporal aumentaram de forma linear entre os tratamentos (P>0,05). Verificou-se efeito quadrático dos tratamentos sobre a conversão alimentar (CA) dos animais, que melhorou até o nível de 1,41% de lisina digestível. Concluiu-se que, leitões dos 6 aos 15 kg exigem 1,4% de lisina digestível na ração, para melhor CA, e no mínimo 1,46%, para melhor ganho de peso e deposição de proteína na carcaça.