Intervalo de corte em cultivares de Panicum maximum Jacq.
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5788 |
Resumo: | A partir da década de 1990, estudos com plantas forrageiras tropicais têm sido realizados de modo a interromper o período de descanso quando o dossel intercepta 95% da luz incidente sob lotação intermitente. Com esse critério, o período de descanso deve ser variável. No entanto, algumas espécies e, ou, cultivares de plantas forrageiras utilizadas na exploração da pecuária foram avaliadas e comparadas, em termos de produção e qualidade de forragem, numa condição única de manejo, caracterizada pela adoção de períodos de descansos fixos. Assim, esse tipo de avaliação não levou em consideração que tais plantas possuem características morfofisiológicas e agronômicas distintas, o que implica adoção de períodos de descanso variáveis. Portanto, objetivou-se com este trabalho avaliar cultivares de Panicum maximum submetidas a duas frequências de corte, 28 dias e tempo para que o dossel alcançasse 95% de interceptação luminosa (IL). O experimento foi realizado em área do Departamento de Zootecnia (DZO) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), no período de novembro de 2011 a outubro de 2012. O delineamento experimental foi de blocos completos casualizados em arranjo fatorial 4 x 2 com três repetições, perfazendo 24 unidades experimentais. Os tratamentos foram definidos por quatro cultivares de Panicum maximum (Colonião, Mombaça, Sempre-Verde e Tanzânia) em duas frequências de corte (28 dias e 95% de IL). Durante o período experimental, a altura das plantas nas parcelas foi monitorada de forma concomitante com a interceptação de luz pelo dossel forrageiro. As características morfogênicas e estruturais foram avaliadas em quatro perfilhos por parcela, cujo crescimento de folhas, colmos e senescência foi acompanhado semanalmente. A partir dessas informações foram calculadas as variáveis Número de Folhas Vivas por Perfilho (NFV), Filocrono (FIL), Taxa de Alongamento Foliar (TAlF), Taxa de Senescência de Folhas (TSF) e Taxa de Alongamento de Colmos (TAlC). A dinâmica do perfilhamento foi avaliada em duas touceiras delimitadas por molduras metálicas (20 x 20 cm) por unidade experimental. Todos os perfilhos basilares dentro da moldura foram quantificados e identificados em cada geração. Com base nas contagens, foram estimados a Taxa de aparecimento, Taxa de mortalidade e Taxa de sobrevivência e O número total de perfilhos. A massa de forragem foi estimada na condição de pré-corte e em dois pontos representativos da parcela, sendo toda a forragem colhida separada em lâmina foliar, colmo verde e forragem morta. Com esses dados foi possível quantificar a produção de MS total (MST) e dos componentes lâmina foliar (MSL), colmo (MSC) e forragem morta (MSM). Os dados foram agrupados de acordo com as estações do ano e submetidos à análise de variância, utilizando-se o pacote estatístico SAEG, versão 8.1, mediante a aplicação do teste de Tukey a 5% de probabilidade. O aumento da competição por luz entre os perfilhos nas cultivares com 28 dias acarretou menores TAlF e maiores TAlC, TSF e filocrono, no período das águas. Durante o período chuvoso, o capim-colonião apresentou maior produção de MST em relação às demais cultivares. Para produção de MSL, as cultivares Mombaça e Colonião não diferiram entre si e apresentaram maiores produções que as demais. O capim-mombaça teve a menor produção de MSC em comparação com as outras forrageiras. A produção de MSM pela cultivar Colonião foi superior à da Sempre-Verde e semelhante à da Tanzânia. Nesse período, as cultivares manejadas com 95% de IL apresentaram maior fluxo de tecidos com maior MSL e menores MSC e MSM em relação à desfolhação com 28 dias. Durante o período seco, o capim-sempre-verde exibiu maior MST e MSL quando manejado com 95% de IL. Em geral, durante a época seca não houve diferenças em produção e composição morfológica da forragem nos dois manejos avaliados. As cultivares manejadas com 95% de IL tiveram composição morfológica mais adequada, especialmente na época das chuvas, em relação àquelas manejadas com 28 dias. Ademais, devido à maior produção de MSC e MSM na frequência de 28 dias, as cultivares Colonião e Sempre-Verde não deveriam ser comparadas, em termos produtivos e estruturais, com outras cultivares em condições únicas de manejo. |