Perfilamento em pastos de capim-mulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Doutorado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1773 |
Resumo: | Os perfilhos são considerados as unidades de crescimento de gramíneas forrageiras, de forma que um pasto pode ser considerado uma população de perfilhos. Para que este se torne perene e persistente é preciso que haja um balanço entre aparecimento e morte de perfilhos no pasto ao longo do ano. Essa dinâmica entre aparecimento e morte de perfilhos é que permite que o pasto se adapte a diferentes condições de manejo. A persistência dos pastos é dependente da habilidade que as plantas têm de renovar e substituir seus perfilhos mantendo a população de plantas estável. Esta, por sua vez, é determinada pelas variações climáticas estacionais e pelas estratégias de manejo empregadas. Nesse sentido, este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a densidade populacional de perfilhos, dinâmica do perfilhamento e a estabilidade de populações de perfilhos em pastos de capimmulato submetidos a estratégias de pastejo rotativo. O experimento foi conduzido em área do Departamento de Zootecnia da USP/ESALQ de janeiro de 2008 a março de 2009. Os tratamentos corresponderam a combinações entre duas condições de pré-pastejo (interceptação luminosa pelo dossel (IL) de 95 e 100% durante a rebrotação) e duas de pós-pastejo (alturas de resíduo de 15 e 20 cm) e foram alocados às unidades experimentais (piquetes de 1200 m2) segundo um arranjo fatorial 2x2 e delineamento de blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliadas a densidade populacional de perfilhos (DPP) e a demografia do perfilhamento. Com base nos resultados foram calculadas as taxas de aparecimento (TApP) e morte de perfilhos (TMoP). Para o cálculo do índice de estabilidade da população de perfilhos (IE) foi utilizada a seguinte equação Pf/Pi = TSP (1+TAP), em que Pf/Pi corresponde a população atual (Pf) expressa como proporção da população inicial de perfilhos em determinado período de avaliação (Pi), e TSP e TApP correspondem às taxas de sobrevivência e aparecimento de perfilhos durante esse mesmo período, respectivamente. Calculou-se também o balanço entre as taxas de aparecimento e morte de perfilhos. No Verão-2008 observou-se maior DPP, altas TApP e TMoP e menor TSP quando comparado ao Outono/inverno/início de primavera, mas o balanço entre aparecimento e morte de perfilhos foi positivo e o IE próximo de 1. No Outono/inverno/início de primavera observou-se menor DPP, menores TApP e TMoP, maior TSP, balanço negativo entre aparecimento e morte de perfilhos e IE próximo de 1 quando comparado as outras épocas do ano. No Final da primavera observou-se uma alta DPP e, portanto, altas TApP, TMoP, menor TSP, balanço positivo entre aparecimento e morte de perfilhos e IE maior que 1 quando comparado ao Outono/inverno/início de primavera. Nessa época do ano observou-se também que os pastos manejados a 95% IL apresentaram maior IE em relação a 100% IL. No Verão-2009 observou-se aumento da DPP em relação ao Final da primavera, devido a altas TApP, TMoP e menor TSP. Em praticamente todas as épocas do ano os tratamentos de 95% de IL proporcionaram maior DPP em relação aos tratamentos de 100% de IL. Somente no Verão-2008 é que não se observou diferença entre as frequências de pastejo. Em relação às frequências de pastejo, no Verão-2009 observou-se que os pastos manejados a 95% IL apresentaram as menores TSP e valores de IE quando comparados àqueles manejados a 100% IL. Não se observou diferenças entre as alturas pós-pastejo de 15 e 20 cm em relação às TApP, TMoP, TSP, IE e balanço entre aparecimento e morte de perfilhos ao longo das estações do ano. Somente durante o período de Outono/inverno/início de primavera e Verão- 2009 é que foram encontradas diferenças entre as alturas pós-pastejo na DPP para o tratamento 100/20 em relação ao 100/15. O capim-mulato apresentou mudanças na densidade populacional de perfilhos, no padrão de perfilhamento e na estabilidade do dossel forrageiro em relação às épocas do ano e ao manejo empregado, sendo que pastos manejados a 95% IL (associado à altura de entrada dos animais de 30 cm) e altura de resíduo de 15 e 20 cm resultaram em melhores condições para rebrotação, e, portanto, maior densidade populacional e altas taxas de aparecimento e morte de perfilhos, caracterizando um padrão intenso de renovação da população de perfilhos. O período de transição entre o Outono/ inverno/início de primavera e o Final da primavera é crítico para o capim-mulato, pois é nessa época que ocorre a maior renovação da população de perfilhos, definindo a população de plantas do pasto para garantir a produção de forragem e a persistência dos perfilhos durante o verão subsequente. |