Azadiractina: implicações na imunidade, na mortalidade e na oviposição das formigas-cortadeiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Amaral, Karina Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26681
Resumo: As formigas-cortadeiras, importantes pragas agrícolas e florestais, possuem eficiente sistema de defesa contra os patógenos, dificultando o seu controle. Essas formigas também são capazes de selecionar os vegetais que cortam e assim, evitar determinadas plantas com compostos danosos a elas ou a seu fungo simbionte. Por isso, plantas que são evitadas geralmente apresentam substâncias com ação potencial contra as cortadeiras, como o Nim (Azadirachta indica), que possui a azadiractina, composto tóxico a diversos insetos. Objetivou-se avaliar a taxa de encapsulação por operárias de Atta sexdens e Acromyrmex subterraneus subterraneus após a aplicação tópica de solução à base de azadiractina, bem como comparar a taxa de mortalidade de operárias mantidas solitárias com a daquelas mantidas agrupadas e sob fornecimento de dieta contendo a substância, quando confrontadas com o patógeno Metarhizium anisopliae. Além disso, verificou-se a taxa de mortalidade das operárias após aplicação tópica de diferentes concentrações do produto, bem como o efeito de sua aplicação tópica e em dieta na oviposição das rainhas. A azadiractina não afetou a taxa de encapsulação das operárias, isto é, a capacidade das mesmas de encapsularem um patógeno. O oferecimento da dieta contendo essa substância e posterior exposição das formigas ao patógeno M. anisopliae também não afetou a mortalidade das operárias, e o fato de estarem em grupo não favoreceu a sobrevivência das mesmas, porém Ac. subterraneus subterraneus apresentou taxa de mortalidade menor que A.sexdens. Por outro lado, a aplicação tópica de azadiractina causou mortalidade significativa nas operárias das duas espécies, proporcional ao aumento da concentração da substância. A azadiractina também reduziu a taxa de oviposição de rainhas de A. sexdens tanto por meio de aplicação tópica quanto por oferecimento em dieta. Em Ac. subterraneus subterraneus apenas a aplicação tópica afetou a oviposição das rainhas. Além disso, o tempo interferiu de forma positiva na taxa de postura de ovos no controle de A. sexdens; nos demais grupos não se mostrou correlação entre o tempo e a postura. Diante do exposto, a azadiractina se mostra uma potencial substância no controle das formigas-cortadeiras, principalmente por seus efeitos na oviposição das rainhas e na mortalidade das operárias.