Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Carolina Abreu de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6394
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Resumo: |
O primeiro ano de vida é um período de rápidas mudanças, especialmente, nos aspectos alimentares e nutricionais. A investigação dos fatores associados aos padrões alimentares adotados, bem como às práticas alimentares nessa fase da vida, com destaque para os tipos de leite consumidos, pode contribuir de forma significativa para a melhoria da saúde infantil por meio da alimentação adequada. O objetivo deste estudo é analisar os fatores associados a padrões alimentares no primeiro ano de vida, em crianças do município de Viçosa. Trata-se de um estudo de coorte com 256 crianças acompanhadas no 1°, 4° e 6° mês de vida, em Viçosa-MG. Para a avaliação do consumo de leite de vaca e fórmulas lácteas foi contabilizado o consumo independente do consumo de leite materno. Para o leite materno, considerou-se apenas o consumo do leite materno de forma exclusiva ou predominante. O estudo dos padrões alimentares foi um corte transversal, no qual estudou-se 112 crianças com seis meses, 149 com nove meses e 117 com doze meses. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um recordatório de 24 horas e os padrões alimentares foram extraídos por análise de agrupamentos. Do 1° ao 6° mês observou-se o aumento do número de crianças que não ingeriam de leite materno de forma exclusiva ou predominante (30,7%), bem como da ingestão de leite de vaca (27,9%) e fórmulas lácteas (8,7%). O não consumo de leite materno de forma exclusiva ou predominante associou-se ao baixo peso ao nascer e uso de chupeta no 1° mês, e ao trabalho materno e uso de chupeta no 4° e 6° mês. Os principais fatores associados aos tipos de leite consumidos pelas crianças foram o uso de chupeta e o trabalho materno. Em relação ao padrão alimentar, foram extraídos 3 padrões aos 6 e 9 meses, e dois aos 12 meses. No 6° mês, filhos de mães de cor não-branca (OR: 1,68; p=0,001) e pertencentes ao grupo de menor renda familiar (OR:1,21; p=0,025) tiveram maior risco de consumir o padrão 3 (leite de vaca, farináceos, feijão, legumes, frango e sucos naturais), e crianças com sobrepeso e obesidade foram mais propensas a adotarem o padrão 2 (fórmulas lácteas, verduras, legumes, carne bovina e pêra). Com 9 meses, nenhuma variável associou-se aos padrões alimentares identificados. Aos 12 meses, o padrão alimentar de maior risco (padrão 2) teve como fatores associados o baixo peso ao nascer (OR:8,04; p=0,028), uso de mamadeira (OR:1,92; p<0,001) e chupeta (OR:1,82; p=0,030). Observou-se que desde o 1° mês o percentual de introdução de outros tipos de leite é elevado, mostrando que ainda há muito a se percorrer para a garantia do aleitamento materno exclusivo até os seis meses. Quanto aos padrões alimentares identificados verificou-se a existência de associações entre os padrões alimentares de maior risco e variáveis socioeconômicas, comportamentais, de nascimento e de nutrição entre as crianças analisadas. |