Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Karla Danielly Da Silva Ribeiro |
Orientador(a): |
Dimenstein, Roberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Bioquímica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25981
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Resumo: |
A vitamina E é um micronutriente lipossolúvel que atua contra o estresse oxidativo, sendo de extrema importância para os recém-nascidos pré-termos (< 37 semanas) pois protege o sistema nervoso central e evita anemia hemolítica e displasia broncopulmonar. Como sua transferência placentária é restrita, a oferta para o lactente via leite materno é essencial para garantir um aporte adequado e prevenção/correção da deficiência. Dados são escassos sobre a recuperação nutricional na vitamina de crianças no seguimento da lactação e sobre a composição em alfa-tocoferol do leite pré-termo. O objetivo principal foi avaliar o estado nutricional em vitamina E de mulheres e crianças pré-termo e termo do nascimento até três meses após o parto, suas relações, a concentração de alfa-tocoferol no leite materno e o provável consumo da vitamina pelos lactentes. Estudo prospectivo conduzido inicialmente com 235 mulheres e crianças atendidas para o parto em duas maternidades públicas no Rio Grande do Norte, sendo 124 alocadas no grupo pré-termo e 111 no grupo termo (≥ 37 semanas). Até 48 horas após o parto foram coletados leite colostro, sangue materno e cordão umbilical. Por volta de 7, 30 e 90 dias foram obtidos leite, informações dietéticas, e coleta de sangue materno e da criança também no dia 90. O alfa-tocoferol foi analisado por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e a ingestão de vitamina E das mulheres e lactentes segundo recomendações de consumo para a faixa etária. A concentração de alfa-tocoferol sérico materno não foi diferente entre os grupos, sendo encontrado um aumento da deficiência de vitamina E (< 517 µg/dL) no seguimento da lactação (de 8,6% a 22,2%), chegando a 789,6 (313,1) µg/dL no pré-termo e 875,3 (341,6) µg/dL no termo (p=0,197), com 99% de inadequação dietética de vitamina E na lactação (< 16 mg/dia). Mais de 90% das crianças apresentaram baixos níveis de alfa-tocoferol ao nascer (< 500 µg/dL) e no dia 90 o alfa-tocoferol sérico foi 583,3 (209,4) µg/dL no pré-termo e 884,4 (458,8) µg/dL no termo (p< 0,007), com 44,4% e 21,4% de níveis inadequados (< 517 µg/dL), respectivamente. Houve associação positiva entre níveis séricos da criança e da mãe (p< 0,003). No grupo pré-termo, o leite colostro teve menores concentrações de alfa-tocoferol e maiores no leite de transição e maduro 30 dias em comparação ao termo (p< 0,0001). Não houve associação entre leite, soro e dieta materna. Apenas o leite maduro não forneceu a vitamina E recomendada para os lactentes (> 4 mg/dia). Assim, observou-se uma elevada inadequação da vitamina E aos 3 meses pós-parto tanto nas mulheres como nas criança pré-termo, diferenças na composição do leite pré-termo e provável fornecimento de pequenas quantidades da vitamina pelo leite maduro, alertando sobre a necessidade de uma maior atenção nutricional na lactação principalmente pelas repercussões da deficiência de vitamina E no desenvolvimento cognitivo da criança. |