Redução do uso de fungicida em genótipos de feijão com resistência parcial ao mofo-branco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bonicontro, Bianca Fialho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6552
Resumo: O mofo-branco (MB), causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, é doença séria em lavouras irrigadas de feijão. O uso de cultivares com resistência parcial ao MB faz parte do manejo da doença, e pode reduzir aplicações de fungicida para seu controle. Avaliou-se a possibilidade de se reduzir as aplicações de fungicida em genótipo com resistência parcial ao MB. Ensaios foram conduzidos em três municípios (Coimbra, Viçosa e Oratórios) da Zona da Mata de Minas Gerais, no outono-inverno, com irrigação por aspersão, em área com histórico de MB. Os tratamentos foram dispostos no arranjo fatorial 3 x 4: genótipos (VC 17, Pérola ou BRSMG Madrepérola) e aplicações de fungicida (0, 1, 2 ou 3). A linhagem VC 17 está entre os genótipos com maior resistência de campo ao MB. A cultivar Pérola apresenta resistência moderada e a cultivar BRSMG Madrepérola é suscetível. O fungicida fluazinam (0,625 L/ha) foi aplicado na floração e repetido entre 7 e 10 dias depois. Foi usado o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Em média, a intensidade (incidência + severidade) do MB variou de baixa (Coimbra) a moderada/alta (Oratórios); e a produtividade de grãos, de 2638 a 3556 kg/ha. Em Viçosa e Oratórios a pressão da antracnose foi alta, e esse foi um dos fatores responsáveis pela menor produtividade dos genótipos Pérola e VC 17, em relação à cultivar BRSMG Madrepérola. Em Viçosa, o VC 17 exibiu menos sintomas de MB que as cultivares Pérola e BRSMG Madrepérola. Em Coimbra e Oratórios, os sintomas de MB nos genótipos VC 17 e Pérola foram semelhantes, mas, em geral, esses genótipos foram menos prejudicados por essa doença que a cultivar BRSMG Madrepérola. Em Oratórios, houve significativa redução dos sintomas de MB com duas aplicações do fungicida, independente do genótipo, enquanto em Coimbra só a BRSMG Madrepérola teve redução do MB, com uma aplicação do fungicida. Em Viçosa, a cultivar BRSMG Madrepérola teve redução da doença com até duas aplicações do fluazinam, enquanto a cultivar Pérola apresentou redução do MB com uma aplicação. Nesse município, o VC 17 não teve redução do MB com o uso de fungicida. Portanto, os resultados de Coimbra, em que houve baixa pressão de MB, e de Viçosa (baixa/moderada intensidade de MB) sustentam, parcialmente, a nossa hipótese de que genótipos com alta resistência parcial ao MB necessitam de menor número de aplicações de fungicida em relação a genótipos com baixa resistência parcial. Entretanto, os resultados obtidos em Oratórios, onde a intensidade do MB foi moderada/alta não sustentam nossa hipótese. Os efeitos da antracnose, além dos efeitos do MB, influenciaram a produtividade, o que comprometeu, em parte, o nosso estudo. Logo, estudos adicionais, com bom controle de doenças foliares, sobretudo com alta pressão do MB, são necessários para testar com maior precisão essa hipótese.