Desempenho de genótipos de feijão-comum selecionados para resistência parcial ao mofo-branco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teixeira, Pablo Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22478
Resumo: O mofo-branco (MB), causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, é a principal doença do feijoeiro no outono-inverno. A resistência genética é uma das principais ferramentas no manejo do MB. Nosso objetivo foi avaliar o desempenho, a resistência de campo ao MB e as características envolvidas na resistência de escape com o uso de linhagens/cultivares de feijão selecionados de ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCUs) conduzidos entre 2008 e 2016 em áreas com histórico dessa doença. Dois ensaios (Viçosa e Oratórios) foram conduzidos no outono-inverno de 2017, com irrigação por aspersão, em área com histórico de MB. Doze linhagens/cultivares foram selecionadas nos VCUs por apresentarem resistência parcial ao MB; as cultivares Pérola e Estilo, por apresentarem resistência moderada; e as cultivares Ouro Negro, Majestoso e Ouro Vermelho, por apresentarem suscetibilidade ao MB. Também foram incluídas linhagens internacionais com reconhecida resistência parcial ao MB: A 195, G 122 e Cornell 605. O delineamento foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. A pressão de MB foi alta em Oratórios e moderada/alta em Viçosa, com produtividades médias de 2733 e 2453 kg.ha -1 , respectivamente. As linhagens CNFC 10432 e CNFP 11990, selecionadas como parcialmente resistentes ao MB, ficaram entre as mais produtivas e com as plantas mais altas. Além disso, essas duas linhagens apresentaram menores IMB, ISMB, acamamento e produção de escleródios. As linhagens internacionais, especialmente A 195 e G 122, ficaram no grupo com menor IMB e ISMB, mas foram menos produtivas que as linhagens selecionadas para resistência parcial ao MB. O fechamento de fileiras só diferenciou as linhagens internacionais que são do tipo I dos demais genótipos que são dos tipos II e III. A associação entre IMB e ISMB foi muito alta (r > 0,90). A baixa produtividade das linhagens internacionais reconhecidamente resistentes ao MB e a suscetibilidade de algumas linhagens à antracnose, a qual camuflou os sintomas de MB, explicam a baixa ou a inexistência de correlação entre produtividade e ISMB. O acamamento apresentou correlação positiva com ISMB: foi moderada em Oratórios e fraca em Viçosa. A correlação entre fechamento de fileiras e ISMB foi positiva e moderada. Altura de plantas e ISMB correlacionaram-se fracamente (r = -0,20) em Oratórios e não significativamente em Viçosa. Os resultados sugerem que acamamento e fechamento de fileiras tiveram maior associação com ISMB que altura de plantas. As linhagens CNFC 10432 e CNFC 11990 apresentam alta produtividade, resistência parcial ao MB e características de plantas que favorecem essa resistência.