Efeitos dos terpenos no tratamento da leishmaniose visceral: uma revisão sistemática da evidência pré-clínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Raimundo, Vagner Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Biologia Celular e Estrutural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29634
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.077
Resumo: As leishmanioses são antropozoonoses de transmissão vetorial e constituem um problema de saúde pública atualmente, sobretudo por serem doenças negligenciadas. A leishmaniose visceral (LV) é a forma mais grave e potencialmente fatal. Ainda não existem vacinas contra a leishmaniose humana, e a quimioterapia é tóxica e potencialmente teratogênica. As plantas, usadas terapeuticamente há milhares de anos, contribuem na busca por novas drogas contra LV. Terpenos, um dos grupos de metabólitos secundários das plantas, já tiveram várias atividades descritas e foram escolhidos para terem os seus potenciais efeitos leishmanicidas em modelos murinos revisados sistematicamente. Os artigos foram pesquisados nas bases Web of Science, Scopus e PubMed. Trinta e quatro artigos foram incluídos na síntese e posteriormente, realizou-se a análise de viés dos trabalhos com a ferramenta SYRCLE. Em geral, o tratamento com os terpenos não apresentou toxicidade ou a toxicidade era desprezível, resultando em aumento da resposta imune do tipo Th1, redução de citocinas Th2, aumento na produção de óxido nítrico (NO) e redução da carga parasitária (> 90% até > 99%). Os terpenos também atuaram na membrana plasmática e na DNA topoisomerase do parasita, induzindo a apoptose. Os estudos também revelaram o uso de carreadores de terpenos. Isso evita a rápida excreção dos fármacos e os libera no sítio da infecção. O uso de alguns derivados de terpeno destacou-se por reduzir a toxicidade. Essas ações positivas do tratamento de LV com terpenos abrem caminho para outros testes pré- clínicos e dão um direcionamento para testes em humanos. Palavras-chave: Leishmaniose visceral. Terpenos. Tratamento. Terapia. Fitoterápicos.