Ecologia funcional de Campinaranas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nogueira, Carla Luciane Bentes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6578
Resumo: A ecologia funcional tem sido usada como base para planejar e responder questões sobre manejo, conservação e restauração de ecossistemas. Reconhecer grupos funcionais de plantas em Campinaranas é importante para entender como a diversidade e a morfologia dessa vegetação responde aos fatores ambientais e como esses traços podem ser usados na conservação e manejo desses ecossistemas. Nosso estudo foi conduzido em uma Campinarana da Amazônia Central sobre Espodossolo e o objetivo foi detectar grupos funcionais entre as espécies nas diferentes fitofisionomias desse ecossistema. Por meio de um modelo linear generalizado (GLM) confirmamos a hipótese de que a maioria das espécies de plantas de Campinarana pertence a grupos funcionais definidos por formas de vida que respondem à proporção de areia fina no solo (proxy do status de água). Confirmou-se que o status de água, cuja proxy é a proporção de areia fina sobre areia grossa (AF/AG), influencia a distribuição espacial de grupos funcionais no gradiente, influenciando a diversidade e a fisionomia da vegetação. O funcionamento nas Campinaranas é determinado pelo estresse, com o grupo funcional mésico beneficiado nos locais de menor estresse e o grupo funcional tolerante ao estresse por alagamento beneficiado pelo maior estresse. Espécies mésicas são fanerófitas e lianas enquanto as espécies tolerantes ao estresse por alagamento são as caméfitas, hemicriptófitas e terófitas. A hipótese de que a Campinarana estudada tem funcionamento semelhante ao de Mussunungas não foi confirmada. O estresse em Campinarana é de alagamento nos solos com maiores valores de AF/AG. O inverso ocorre em Mussununga com estresse de seca nos solos de menores valores de AF/AG. Os padrões observados neste estudo são importantes para fortalecer a inserção das Campinaranas dentro do conceito de Áreas Úmidas do Brasil. Isso beneficiaria esse ecossistema, uma vez que, receberia um tratamento específico na forma da lei, permitindo a conservação e o uso adequado desses ambientes.