Campinaranas amazônicas: pedogênse e relações solo-vegetação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mendonça, Bruno Araujo Furtado de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1618
Resumo: As Campinaranas, também conhecidas como Campinas ou Caatingas Amazônicas, constituem uma paisagem de exceção envolvida pela Floresta Tropical Amazônica, sendo suas variações fitofisionômicas locais determinadas por condições edáficas peculiares. Este trabalho teve como objetivo estudar aspectos pedológicos e as relações solo-vegetação das Campinaranas Amazônicas. Neste sentido, são discutidos aspectos gerais dos solos das Campinaranas na Amazônia brasileira, com ênfase na distribuição e nas relações das unidades pedológicas e geológicas da porção ocidental da Amazônia brasileira. Como um estudo de caso foram caracterizados e mapeados os solos e as unidades geoambientais do Parque Nacional (PARNA) do Viruá e entorno, em Roraima, e determinadas estimativas do estoque de carbono nos solos. Além disso, foram estudados aspectos da gênese dos solos sob a vegetação de Campinaranas no PARNA do Viruá distribuídos no gradiente fitofisionômico típico (Campinaranas Florestadas, Arborizada e Gramíneo-Lenhosa). Por fim, foram discutidas as relações solo-vegetação e a fitossociologia em um gradiente fitofisionômico Floresta-Campinarana no PARNA do Viruá. Verificou-se uma grande associação entre a distribuição dos solos e as Campinaranas, a qual constitui um verdadeiro ecossistema arenícola de grande extensão na Amazônia brasileira. Mesmo em rochas de diferentes formações geológicas (granitos, gnaisses, arenitos) e com processos pedogenéticos distintos, os solos possuem características morfológicas, químicas e físicas muito semelhantes. Os solos estudados no PARNA do Viruá apresentam baixa fertilidade e variações texturais, determinadas pela natureza dos materiais de origem. Os complexos arenosos das Campinaranas e associações representam os geoambientes mais relevantes na prestação do serviço ambiental de conservação do carbono nos solos do PARNA do Viruá. Os solos das Campinaranas possuem notáveis evidências de processos depodzolização e mudanças nítidas das propriedades em curtas distâncias. Tais características corroboram com o oligotrofismo típico destes ambientes, onde a vegetação apresenta-se aberta e com porte reduzido. Os Espodossolos estudados possuem horizontes espódicos com predomínio de formas metálicas de baixa viii cristalinidade ligadas ao Al, em solos com teores diferenciados de matéria orgânica, porém todos com o caráter humilúvico. As fitofisionomias das Campinaranas e a Floresta Ombrófila Aberta apresentam características estruturais bem marcantes, como diferenças contrastantes na biomassa e na densidade de espécies. Na Análise de Correspondência Canônica (CCA) foi observada clara distinção significativa entre as fitofisionomias estudadas, sendo as variáveis ambientais de soma de bases, argila e areia fina as mais determinantes na distinção Campinarana-Floresta. Para a separação das variações fitofisionômicas das Campinaranas, tem-se como variável principal o teor de fósforo.