Biofumigação com Brassica rapa para o controle de Meloidogyne exigua em diferentes texturas e umidades do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Goulart, Roseli dos Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4452
Resumo: Os nematóides formadores de galhas radiculares, pertencentes ao gênero Meloidogyne Goeldi, 1887, constituem um dos grupos de fitonematóides mais importantes para as culturas agrícolas. Meloidogyne exigua é uma das principais espécies que parasitam o cafeeiro, sendo mais prejudicial para a cultura no estádio de muda, pois reduz o desenvolvimento das mesmas e impede a comercialização de mudas contaminadas. O brometo de metila ainda é o principal produto utilizado para a desinfestação de substratos, mas não por longo período, uma vez que o mesmo está sendo gradativamente retirado do mercado. Dentre as alternativas de substituição deste fumigante, a mostarda, planta da família Brassicaceae, têm se destacado por produzir glucosinolatos, que ao sofrerem reação de hidrólise enzimática liberam gases tóxicos como os isotiocianatos. Dessa forma, acredita-se que a incorporação da farinha desengordurada de sementes de Brassica rapa pode promover um controle eficiente de M. exigua na produção de mudas de cafeeiro. Com esse propósito, foram testadas diferentes concentrações dessa farinha no controle de M. exigua e a partir de doses que propiciaram melhor eficiência estudou-se a influência da umidade (-10 kPa à - 500 kPa) e da textura do solo (Muito argiloso à franco-argilo-arenoso). Comprovou-se que a farinha desengordurada teve efeito nematostático na eclosão dos juvenis de M. exigua, nas doses menores (0,375 e 0,75 g/dm3) e efeito nematicida nas doses superiores (acima de 1,5 g/dm3). Em casa de vegetação, a farinha na dose 2,0 g/dm3 controlou eficientemente o nematóide com redução média de 94% no número de galhas e 93% no número de ovos. A textura e a umidade do solo não influenciaram a eficiência da farinha na biofumigação, exceto no solo franco-arenoso no potencial de -500 kPa. Conclui-se que a farinha desengordurada constitui uma alternativa viável para o controle de M. exigua, pela biofumigação do substrato.