Caracterização de populações de Meloidogyne spp. em cafezais do Estado do Espírito Santo e da Zona da Mata de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barros, Aline Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4376
Resumo: Os nematoides das galhas pertencentes ao gênero Meloidogyne spp. representam um fator limitante à cafeicultura brasileira por causarem grandes perdas. Devido às escassas informações sobre a ocorrência desses nematoides, principalmente na cafeicultura capixaba, objetivou-se estudar a distribuição de Meloidogyne spp. em Coffea spp. no Estado do Espírito Santo e complementar os levantamentos na Zona da Mata de Minas Gerais. Amostras de solo e raízes foram coletadas em 18 municípios no Estado do Espírito Santo e em 5 municípios na Zona da Mata de Minas Gerais. A identificação das espécies de Meloidogyne spp. foi realizada pelo fenótipo da isoenzima esterase e pela gama de hospedeiros. No Estado do Espírito Santo foram detectadas diversas espécies de Meloidogyne nas amostras analisadas. Meloidogyne incognita, fenótipo I1 e I2, foi encontrada em 18% do total das propriedades amostradas, sendo que em 81,25% das propriedades infestadas se plantava C. canephora. Esta espécie está presente em 55,5% dos municípios amostrados sendo encontrada principalmente na região Serrana e Norte do Estado. Em uma propriedade do município de Brejetuba, ela foi encontrada em mistura com M. exigua, e no município de Sooretama, em mistura com M. paranaensis. Meloidogyne exigua, fenótipo E1, foi detectada em 43,6% das propriedades e apenas em lavouras de C. arabica. Esta espécie foi encontrada em todos os municípios amostrados da Região Sul e em 66,6% dos municípios amostrados da Região Serrana, regiões onde o café arábica é cultivado em larga escala. Meloidogyne paranaensis, fenótipo P1, foi detectado em todos os municípios amostrados da região Norte do Estado, e é relatada pela primeira vez no Estado do Espírito Santo. As espécies M. arenaria, fenótipo A2, e M. javanica (J3) foram detectadas em Laranja da Terra parasitando plantas daninhas presentes na área, mas não em cafeeiros. Já na Zona da Mata de Minas Gerais foi encontrada apenas M. exigua, fenótipo E1, parasitando as plantas de cafeeiro arábica em todos os municípios coletados exceto no município de Paula Cândido, onde nenhuma espécie de Meloidogyne foi encontrada. As populações foram submetidas ao teste com plantas hospedeiras diferenciadoras para determinação das raças fisiológicas. Foram encontradas as raças 1 e 2 de M. incognita e M. exigua no Estado do Espírito Santo, e a raça 2 de M. exigua na Zona da Mata de Minas Gerais. Nematoides dos gêneros Tylenchus, Helicotylenchus, Rotylenchulus, Pratylenchus, Aphelenchoides, Aphelenchus, Xiphinema, Mesocrinonema, Psilenchus, Hemicriconemoides, Discocriconemella, Ditylenchus, Rotylenchus, estavam associados com a rizosfera do cafeeiro.