Translocação de assimilados em capim Panicum maximum cv. Mombaça, crescimento, características estruturais da gramínea e desempenho de novilhos em piquetes sob pastejo de lotação intermitente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Alexandrino, Emerson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11138
Resumo: Cinco experimentos foram conduzidos objetivando-se avaliar aspectos morfofisiológicos, estruturais e produtivos relacionados ao crescimento do capim- Mombaça. Dois ensaios foram conduzidos em vasos, em casa de vegetação da unidade de crescimento de plantas (UCP) do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa. Outros três experimentos foram conduzidos a campo, na Central de Experimentação, Pesquisa e Extensão do Triângulo Mineiro – CEPET. O primeiro experimento foi conduzido durante o período de 19/04 a 02/07/2001, visando adaptar uma técnica de radiotraçador com o 14 C, para estudar a translocação de fotoassimilados sintetizados na última folha recém-expandida do perfilho. O segundo experimento foi conduzido no período de 25/10/2002 a 19/12/2002, visando ao estudo da translocação de fotoassimilados para os diferentes componentes da planta, em função do nível de inserção da folha, da hierarquia de perfilhos e desfolha da planta. Neste experimento, foram utilizadas plantas durante a fase de intenso perfilhamento. Na parte aérea ficou retida maior quantidade de 14 C do que no sistema radicular. Da radioatividade total encontrada na parte aérea da planta, aproximadamente 50% foi retida no perfilho portador da folha exposta ao 14 CO 2 , independentemente da hierarquia de perfilhos. A translocação de assimilados da folha da base tendeu a priorizar o conjunto de outros perfilhos, ao contrário da folha do topo, que priorizou a translocação de assimilados para o meristema terminal do perfilho da folha exposta ao 14 CO 2 , independente do tipo de perfilho estudado e da presença ou não da desfolhação. Quantidade bastante elevada de 14 C foi translocada para as folhas adultas da planta. O terceiro experimento, conduzido a campo durante dezembro de 2000 a março de 2001, em parcelas de 5 x 4 m; onde foram estimadas as taxas de alongamento foliar, taxa de alongamento de pseudo-colmo, taxa de senescência foliar, relação entre a densidade/tamanho de perfilhos, o índice de área foliar (IAF), a interceptação da radiação fotossinteticamente ativa e as taxas de produção bruta e acúmulo de forragem e de folhas, em função das alturas do dossel de 25, 50, 75, 100 e 125 cm, mantidas por cortes semanais. As taxas de alongamento e senescência foliares responderam linear e positivamente, enquanto as taxas de alongamento de pseudo-colmo, mostraram um padrão de resposta quadrática às alturas da vegetação. As menores taxas de alongamento foliar e de alongamento de pseudo-colmo na vegetação mantida mais baixa tenderam a ser compensadas pela maior densidade de perfilhos, caracterizando o fenômeno de compensação tamanho / densidade de perfilhos. O índice de área foliar cresceu linearmente com a altura da vegetação das parcelas, enquanto que a interceptação da radiação respondeu assintoticamente. A taxa de produção bruta e de acúmulo de forragem cresceu com a altura da vegetação, enquanto que a taxa de acúmulo de folhas apresentou-se insensível na faixa de altura da vegetação entre 75 e 125 cm. No quarto experimento, conduzido durante o período de 16/01 a 16/04/2002, acompanhou-se a evolução da massa, do índice de área foliar (IAF), da interceptação da radiação fotossinteticamente ativa (IRFA) e da eficiência do uso da radiação (EUR), pós-pastejo, no período de verão e outono; também compreendeu uma análise de crescimento, em que se estimou a taxa de crescimento relativo (TCR), a taxa assimilatória líquida (TAL) e a razão de área foliar (RAF) da gramínea. Todas as variáveis basearam-se em estimativas semanais, realizadas aos 7, 14, 21, 28, 35, 42 e 49 dias de rebrotação pós-pastejo. Durante o período de outono, foram observadas as mais baixas estimativas de IAF, massa de forragem verde, eficiência de uso da radiação fotossinteticamente ativa interceptada, TCR e TAL, relativamente ao período de verão. No quinto experimento, realizado de 25/10/2001 a 16/04/2002, avaliaram-se dois sistemas de lotação intermitente, definidos pelo tempo necessário para o aparecimento de 2,5 e 3,5 novas folhas/perfilho, quanto aos seus efeitos sobre as características estruturais do dossel e o ganho de peso vivo de novilhos. Concomitantemente, realizou-se o acompanhamento do efeito do momento de pastejo (entrada e saída dos animais) e de ciclos de pastejo (1o, 2o e 3o ciclo) sobre a evolução das mesmas características, que foram: altura do dossel, massa seca total, de folha, de colmo, relação folha/colmo, índice de área foliar (IAF) e oferta de forragem (OF). Os períodos de descanso não tiveram efeito (P>0,05) sobre as características estruturais do dossel, senão sobre a relação folha/colmo. Entretanto, o período de descanso interagiu com os ciclos de pastejo e com o momento do período de pastejo (P<0,05), relativamente à relação folha/colmo. Mais larga relação folha/colmo foi obtida com o menor período de descanso, mas somente no momento de entrada dos animais; os ciclos de pastejo tiveram efeito negativo sobre essa variável. Mais altos valores de todas as características estruturais corresponderam à condição pré-pastejo dos piquetes, com exceção da massa de colmo, cujo maior valor se verificou ao final do período de pastejo. Todas as características estruturais tenderam a crescer com a sucessão dos ciclos de pastejo, valores mais altos correspondendo ao terceiro ciclo de pastejo, com exceção à altura do dossel, que ocorreu no 2o ciclo. O ganho por animal foi elevado, de 824 e 760 g/an/dia, respectivamente, em piquetes sob períodos de descanso de 2,5 e 3,5 novas folhas/perfilho, para os quais se estimou taxa de lotação média de 3,6 animais/ha durante o período experimental.