Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Souza, Viviane Glaucia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11300
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Resumo: |
O presente trabalho foi desenvolvido a partir de seis experimentos. No primeiro, avaliou-se o consumo e a digestibilidade dos nutrientes, o ganho de peso (GMD) e a conversão alimentar (CA) em bovinos de corte recebendo dietas à base de silagem de sorgo (SS) e pré-secado de capim-tifton 85 como volumoso, nas seguintes proporções: 0:100; 32:68; 66:34 e 100:0, respectivamente, com base na matéria seca. As dietas isonitrogenadas, foram formuladas de forma a conter aproximadamente 12% de proteína bruta, adotando-se uma relação volumoso:concentrado de 60:40, na matéria seca. Foram utilizados 24 animais mestiços (HxZ), inteiros, com peso vivo inicial médio de 360 kg, distribuídos em um delineamento em blocos casualizados. Após um período de adaptação de 15 dias, foram realizados três períodos experimentais de 28 dias. Para determinação da excreção fecal, utilizou-se a fibra em detergente ácido como indicador. Os consumos médios diários em kg/dia, de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), carboidratos totais e nutrientes digestíveis totais (NDT) não foram influenciados pelas dietas, registrando-se valores médios de: 9,46; 9,05; 1,20; 0,52, 7,4 e 6,10 kg/dia, respectivamente. As digestibilidades aparentes da MS, MO, PB e EE foram influenciadas de forma quadrática pelo nível de SS no volumoso, estimando-se digestibilidades mínimas de 60,33; 61,58; 61,89 e 55,83% nos níveis de 44,80; 47,18; 50,95 e 51,21% de silagem de sorgo, respectivamente. O GMD e a CA foram influenciados de forma quadrática pelos níveis de SS, estimando-se valores máximos e mínimos de 1,25 kg/dia e 7,66 para os níveis de 60,95 e 67,04% de SS, respectivamente. No segundo ensaio, avaliou-se o consumo e a digestibilidade total e parcial dos nutrientes, a eficiência microbiana, o balanço de nitrogênio, a taxa de passagem da digesta ruminal, o pH e a concentração de amônia ruminal em bovinos de corte recebendo as mesmas dietas do primeiro experimento. Foram utilizados quatro animais mestiços (HxZ), fistulados no rúmen e abomaso, com peso médio de 364 kg, distribuídos em um quadrado latino 4x4. A relação volumoso:concentrado foi de 60:40, com base na matéria seca. Os consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), carboidratos totais (CT) assim como as digestibilidades aparentes totais da PB, extrato etéreo, (EE), carboidratos não fibrosos (CNF) e fibra em detergente neutro (FDN) não foram influenciados pelas dietas, registrando-se valores médios de 6,01; 5,69; 0,76 e 4,64 kg/dia e 67,94; 82,42; 84,43 e 53,57%, respectivamente. Os consumos de EE, CNF, FDN e nutrientes digestíveis totais (NDT) e as digestibilidades aparentes totais da MS, MO e CT aumentaram linearmente com o incremento da proporção de silagem de sorgo no volumoso. As digestibilidades ruminais e intestinais de MS, CT, CNF e FDN não foram influenciadas pelas dietas. O pH não foi influenciado pelos tempos de coleta, nem pelas dietas, registrando-se valor médio de 6,21. A concentração de amônia foi influenciada pelos tempos de coleta, estimando-se valor máximo de 13,14 mg/100mL, às 2,90 horas após a alimentação. Para as dietas contendo 0; 32; 66 e 100% de silagem de sorgo no volumoso, estimaram-se taxas de passagem da digesta ruminal da ordem de 5,30; 4,27; 4,22 e 4,10 %/hora, respectivamente. A eficiência microbiana não foi influenciada pelo nível de silagem de sorgo na dieta. O balanço de nitrogênio (g/dia) aumentou linearmente com o incremento da proporção de silagem de sorgo no volumoso. A inclusão de cerca de 60% de silagem de sorgo no volumoso, promoveu máximo ganho de peso estimado. A associação da silagem pré-secada de capim-tifton 85, com silagem de sorgo, não promoveu grandes alterações nos consumos e digestibilidades dos nutrientes, bem como nas variáveis ruminais avaliadas, mostrando-se uma boa alternativa na suplementação volumosa de bovinos de corte. No terceiro experimento avaliou-se o consumo e a digestibilidade dos nutrientes, o ganho de peso, a conversão alimentar e o rendimento de carcaça em bovinos de corte recebendo dietas contendo 0; 0,5; 1,0 e 1,5% de uréia na matéria seca total. Foram utilizados 21 animais mestiços (HxZ), castrados, com peso vivo inicial médio de 290 kg, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado. Utilizou- se a silagem de sorgo como volumoso numa relação volumoso:concentrado de 70:30, com base na matéria seca. O ensaio teve duração de 127 dias, sendo 15 dias de adaptação e quatro períodos de 28 dias para avaliações. Para determinação da excreção fecal, utilizou-se a fibra em detergente ácido como indicador. O consumo e a digestibilidade dos nutrientes não foram influenciados pelos níveis de uréia na dieta. Para o consumo e a digestibilidade aparente da matéria seca, verificaram-se valores médios de 8,42 kg/dia ou 2,33%PV e 64,52%, respectivamente. O ganho médio diário, a conversão alimentar e o rendimento de carcaça também não foram influenciados pelos níveis de uréia na dieta, registrando-se valores médios de 1,05 kg/dia, 8,07 e 48,72%, respectivamente. No quarto experimento avaliou-se o consumo e a digestibilidade total e parcial dos nutrientes, a eficiência microbiana, o balanço de nitrogênio, a taxa de passagem da digesta ruminal, o pH e a concentração de amônia ruminal em bovinos de corte recebendo as mesmas dietas do terceiro experimento. Foram utilizados quatro animais mestiços (HxZ), fistulados no rúmen e abomaso, com peso médio de 459 kg, distribuídos em um quadrado latino 4x4. Utilizou-se a silagem de sorgo como volumoso numa relação volumoso:concentrado de 70:30, com base na matéria seca. Excetuando- se o consumo de nutrientes digestíveis totais que diminuiu linearmente com o aumento dos níveis de uréia na dieta, os consumos dos demais nutrientes não foram influenciados pelas dietas. As digestibilidades aparentes totais e parciais dos nutrientes não foram influenciadas pelas dietas. O pH ruminal não foi influenciado pelos tempos de coleta nem pelas dietas, registrando-se valor médio de 6,46. A concentração de amônia foi influenciada pelos tempos de coleta, estimando-se valor máximo de 11,72 mg/100mL às 2,77 h após a alimentação. Estimaram-se taxas de passagem da digesta ruminal de 4,1; 4,4; 3,8 e 3,2 %/hora, para as dietas contendo 0; 0,5; 1,0 e 1,5% de uréia, respectivamente. A eficiência microbiana expressa nas diferentes formas não foi influenciada pelos níveis de uréia na dieta. O balanço de nitrogênio não foi influenciado pelas dietas. Nivéis de até 1,5% de uréia na matéria seca da dieta total podem ser utilizados nas formulações de rações para terminação de bovinos de corte HxZ em confinamento, sem comprometer o consumo, a digestibilidade dos nutrientes, parâmetros ruminais, bem como o desempenho animal. No quinto experimento avaliou- se o consumo e a digestibilidade dos nutrientes, o ganho de peso e a conversão alimentar de bovinos de corte recebendo dietas contendo feno de capim-tifton 85 e silagem de milho nas seguintes proporções: 100:0; 68:32; 35:65 e 0:100, com base na matéria seca. Foram utilizados 19 animais mestiços de Limousin, inteiros, com peso vivo inicial médio de 301 kg, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado. A relação volumoso:concentrado foi de 58:42, com base na matéria seca. O ensaio teve duração de 99 dias, sendo 15 dias de adaptação e três períodos de 28 dias para avaliações. Para determinação da excreção fecal, utilizou-se a fibra em detergente ácido indigestível como indicador. Os consumos médios de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), carboidratos totais (CT) e fibra em detergente neutro (FDN) apresentaram efeito quadrático em função de níveis crescentes de silagem de milho. Para os consumos de MS e MO estimaram-se valores máximos de 7,52 e 7,08 kg/dia, para os níveis de 61,13 e 61,78% de silagem de milho, no volumoso, respectivamente. As digestibilidades aparentes da MS, MO e FDN não foram influenciadas pelos níveis de silagem de milho no volumoso. O ganho de peso médio diário e a conversão alimentar aumentou e decresceu de forma linear, respectivamente, com o incremento da proporção de silagem de milho no volumoso das dietas. A associação cerca de 60% silagem de milho e 40% de feno de capim-tifton 85 de baixa qualidade, constituindo 60% do volumoso da dieta, maximizou o consumo de matéria seca, sem grandes comprometimentos do ganho em peso. No sexto experimento avaliou-se o consumo e a digestibilidade dos nutrientes, o ganho de peso, a conversão alimentar e o rendimento de carcaça em bovinos de corte recebendo dietas contendo silagem de milho e concentrado nas seguintes proporções: 78:22; 63:37; 47:53 e 33:67, com base na matéria seca. Foram utilizados 23 animais mestiços (HxZ), castrados, com peso vivo inicial médio de 360 kg, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado. Após um período de adaptação de 15 dias, foram avaliados três períodos experimentais, sendo os dois primeiros de 21 dias cada um e o terceiro de 28 dias. Para determinação da excreção fecal, utilizou-se a fibra em detergente ácido indigestível como indicador. Observou-se incremento linear para os consumos dos nutrientes com o aumento dos níveis de concentrado na dieta. As digestibilidades aparentes da matéria seca; matéria orgânica; proteína bruta; carboidratos totais; carboidratos não fibrosos e fibra em detergente neutro apresentaram comportamento quadrático estimando-se digestibilidades máximas de 72,55; 73,50; 73,37; 72,85; 83,42 e 61,78% para os nos níveis de 40,97; 40,42; 41,47; 40,92; 35,41 e 36,92% de concentrado, respectivamente. O ganho de peso médio diário aumentou linearmente com o incremento do concentrado nas dietas. Contudo, o rendimento de carcaça e a conversão alimentar não foram influenciados pelas dietas, registrando-se valores médios de 50,40% e 7,82, respectivamente. Desta forma, em dietas para bovinos de corte em confinamento, em que a silagem de milho é utilizada como fonte de volumoso, recomendam-se níveis de concentrado próximos de 35 a 40% da dieta total com base na matéria seca, pois resultaram em maiores digestibilidades dos nutrientes, sem grande comprometimento do ganho de peso médio diário. |