Associação da atividade física e de componentes da dieta habitual com estresse oxidativo e outros fatores de risco cardiometabólico em homens de meia-idade
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Dietética e Qualidade de Alimentos; Saúde e Nutrição de Indivíduos e Populações Doutorado em Ciência da Nutrição UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/386 |
Resumo: | A síndrome metabólica (SM) e o estresse oxidativo têm sido reconhecidos como importantes fatores de risco cardiometabólico. Entre os principais fatores de risco comportamentais associados à SM e ao estresse oxidativo destacam- se o estilo de vida sedentário e o padrão alimentar não saudável. Dessa forma, este estudo transversal foi desenvolvido para avaliar a associação da atividade física habitual e de componentes da dieta habitual com fatores de risco cardiometabólico em homens de meia-idade. Dentre os 300 homens servidores da Universidade Federal de Viçosa-MG recrutados, 296 (idade 50,5 ± 3,5 anos e índice de massa corporal 25,8 ± 3,5 kg/m2) completaram todas as etapas do estudo voluntariamente. A atividade física habitual foi avaliada pelo número de passos diários (média de sete dias consecutivos). Variáveis antropométricas (peso, estatura e perímetro da cintura) e clínicas (pressão arterial sistólica e diastólica), a ingestão alimentar habitual (questionário de frequência do consumo alimentar) e o estilo de vida foram avaliados por procedimentos validados. Marcadores metabólicos sanguíneos (perfil glicídico e lipídico), diagnóstico da SM, homeostase da resistência à insulina (HOMA-IR), razão triacilgliceróis e HDL-c e biomarcadores de estresse oxidativo também foram determinados apropriadamente. Verificou-se que a SM, indicadores de adiposidade corporal e resistência à insulina foram significativamente (p< 0,05) inferiores no grupo de indivíduos fisicamente ativos (≥ 10.000 passos/ dia) comparado ao grupo não fisicamente ativo (< 10.000 passos/ dia). Além disso, constatou-se que o número de passos foi negativamente associado com adiposidade corporal (ginóide, androide e total) e HOMA-IR, independentemente de fatores de confusão. Em contrapartida, a carga glicêmica da dieta habitual foi positivamente associada com fatores de risco cardiometabólico, como ácidos graxos livres, razão triacilgliceróis/HDL-c e o biomarcador de estresse oxidativo no DNA (8-hidróxi-2 ́-deoxiguanosina) entre os participantes fisicamente ativos. Os participantes incluídos no maior tercil de ingestão de carne vermelha (≥ 81,5 g/d) apresentaram maior ocorrência de SM, maiores valores de resistência à insulina, de LDL oxidada e da razão triacilgliceróis/HDL-c, em comparação aos indivíduos incluídos no segundo tercil (56,0 a 81,5 g/d) e no primeiro tercil (< 56,0 g/d) de consumo de carne vermelha, independente de variáveis de confusão. Todavia, o maior consumo de frutas, hortaliças e legumes (≥ 341,1 g/d) associou-se negativamente com biomarcadores de oxidação em lipídeos (8-iso-prostaglandina F2α e LDL oxidada) e no DNA (8-hidróxi-2 ́-deoxiguanosina), após ajuste por variáveis de confusão. Estes resultados apoiam a conclusão de que atividade física habitual e componentes da dieta habitual estão associados com fatores de risco cardiometabólico em homens de meia-idade. De fato, nossos achados indicam que o maior número de passos diários, a maior ingestão de frutas, hortaliças e legumes, bem como, o menor consumo de carnes vermelhas e de dietas de alta carga glicêmica possam ser estratégias importantes na recomendação de hábitos de vida saudáveis para prevenção de fatores de risco cardiometabólico e o estresse oxidativo relacionado. |