Avaliação qualiquantitativa de impactos ambientais de um programa de fomento florestal, na Zona da Mata Mineira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Valdetaro, Erlon Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3076
Resumo: O programa de fomento florestal promovido pelo Instituto Estadual de Florestas do Estado de Minas Gerais IEF/MG- é de grande importância para o desenvolvimento social e econômico da região da Zona da Mata Mineira e, principalmente, do polo moveleiro de Ubá. Também é responsável por impactos ambientais, positivos e negativos. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar, qualiquantitativamente, os impactos ambientais decorrentes deste programa na região da Zona da Mata, além de delinear medidas potencializadoras para os impactos, que se caracterizarem como positivos, e mitigadoras, para os negativos. A identificação e caracterização qualiquantitativa dos impactos ambientais foram feitas por meio de aplicação de dois métodos: matriz de interação e listagem de controle check-list . Os resultados obtidos por meio do método da matriz de interação possibilitaram a identificação de 44 atividades impactantes para as três etapas consideradas implantação, manutenção e colheita/transporte, com 21, 12 e 11 atividades impactantes, respectivamente, e 27 fatores ambientais relevantes, perfazendo, assim, um total de 1.188 possíveis relações de impacto. Dessas relações de impacto, a matriz permitiu a identificação e caracterização, qualiquantitativa, de 473 impactos ambientais, ou seja, 39,8 % da capacidade total. Esses valores estão em concordância com trabalhos similares, metodologicamente, distribuídos em 274 (57,9%), na etapa de implantação; 121 (25,6%), na etapa de manutenção e 78 (16,5%), na etapa de colheita e transporte, sendo 301 negativos (63,6%) e 172 positivos (36,4%). Por sua vez, o método do check-list identificou 94 impactos ambientais; alguns se mostraram presentes em uma, duas ou, até mesmo, três etapas. Assim sendo, 34 (36,2%) se mostraram positivos, sendo 22 para a etapa de implantação; 25, para a etapa de manutenção e 10, para a etapa de colheita e transporte. Os outros 60 impactos, que representaram 63,8% do total, mostraram-se distribuídos em 42, 47 e 42, respectivamente, para as etapas de implantação, manutenção e colheita/transporte. Para os 94 impactos identificados, foram delineadas 96 medidas ambientais, sendo 26 (27,6%) potencializadoras e 70 (74,4%) mitigadoras; o fomentado foi o responsável pela execução da maioria das medidas. A Universidade Federal de Viçosa e o IEF/MG também foram responsáveis pela execução de outras medidas, principalmente quando envolveram transferência de tecnologia. A principal conclusão é que os métodos utilizados nesta avaliação se mostraram eficientes para o empreendimento em questão, o que credencia este estudo a se tornar um referencial técnico no processo de licenciamento ambiental de programas e projetos de fomento florestal no Brasil.