Estratégias de controle e convivência de Urochloa spp. em restauração florestal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santana, João Elves da Silva lattes
Orientador(a): Leles, Paulo Sergio dos Santos lattes
Banca de defesa: Leles, Paulo Sergio dos Santos, Langare, Ana Claudia, Paiva, Haroldo Nogueira de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11227
Resumo: A presença de plantas espontâneas em povoamentos de restauração florestal pode ocasionar prejuízos, pois reduz a eficiência no aproveitamento dos recursos de crescimento pelas espécies arbóreas, sendo necessárias estratégias de controle. Nesse contexto, o presente trabalho foi dividido em três capítulos, relacionados ao estudo de plantas espontâneas em restauração florestal. O primeiro e o segundo capítulos avaliaram a eficácia e o custo de cinco estratégias de controle de plantas espontâneas na formação de povoamentos com espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica. Foram adotados cinco tratamentos: Mecânico - apenas com coroamento manual e roçadas; Químico - aplicação de herbicida a base de glyphosate em área total; Quím_cultural - aplicação de herbicida, cultivo e manejo de leguminosas herbáceas; Quím_mecânico - aplicação de herbicida na linha de plantio e roçada nas entrelinhas; Papelão - coroamento das mudas com papelão após o plantio, coroamento manual e roçadas. Constatou se que após 18 meses a aplicação de herbicida em área total apresentou o maior efeito na redução das populações de plantas espontâneas e maior crescimento em altura, diâmetro e área de copa das espécies arbóreas. O controle mecânico foi o que apresentou a maior necessidade de intervenções, devido à rápida rebrota das plantas espontâneas, contribuindo para o menor crescimento das espécies arbóreas nesse tratamento. Nos controles Quim_cultural e Quim_mecânico, as plantas apresentaram crescimento e redução de vegetação herbácea intermediários. Com base nos resultados de baixa durabilidade das embalagens, o tratamento com o papelão não foi eficaz no controle de plantas espontâneas em reflorestamentos na região do estudo. Até os 19 meses após o plantio, as atividades mecânicas foram as que apresentaram maior necessidade e menor rendimento operacional, o que contribuiu para que o tratamento Mecânico apresentasse o maior custo no controle de plantas espontâneas. O controle com aplicação de herbicida em área total foi a estratégia com menor necessidade de insumos e número de intervenções. Além disso, essa operação apresentou o maior rendimento, contribuindo para o menor custo do tratamento Químico. O terceiro capítulo objetivou avaliar a influência da convivência de Urochloa brizantha var. Marandu sobre o crescimento e o acúmulo de macronutrientes na parte aérea das espécies arbóreas Cordia trichotoma, Guarea guidonia e Peltophorum dubium. Para isso, as mudas das espécies arbóreas foram transplantadas em vasos de 18 litros e mantidas livres da braquiária durante três meses. Após esse período, foram adotados três tratamentos, que consistiram em: testemunha, duas plantas de braquiária e quatro plantas de braquiária, por vaso. Foram avaliados o crescimento e o acúmulo de nutrientes das três espécies arbóreas. O incremento em diâmetro de C. trichotoma e G. guidonia, área foliar e massa de matéria seca da parte aérea de G. guidonia e acúmulo de potássio e magnésio nas folhas de C. trichotoma foram afetados de maneira significativa pela presença de U. brizantha, em relação à testemunha. Já para P. dubium, mantida por maior período de tempo, constatou-se que U. brizantha afetou negativamente o acúmulo de matéria seca e de macronutrientes de P. dubium. Plantas livres de convivência, apresentaram maior produção de raízes, galhos, folhas, área foliar, peso médio por folha e teores de nitrogênio e cálcio radicular. Conclui-se que a presença de Urochloa brizantha limita o crescimento das espécies arbóreas nativas estudadas