Diagnóstico e potencial sócio econômico do setor de base florestal do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Mendonça Filho, Wilson Ferreira de lattes
Orientador(a): Latorraca, João Vicente de Figueiredo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9385
Resumo: O Estado do Rio de Janeiro é grande consumidor de madeira e produtos não-madeireiros provenientes de áreas nativas ou reflorestadas, quase sempre fora dos limites estaduais. Este fato compromete a participação do estado na produção, comercialização e exportação de produtos florestais. A falta de planejamento empresarial, os gastos com transportes e impostos encarecem o custo final dos produtos oriundos das florestas, afastando investidores e consumidores e torna a participação do setor florestal do estado pouco expressiva. O objetivo geral deste trabalho foi analisar o atual setor florestal fluminense e sua inserção dentro do estado, enfatizando a participação municipal. Os objetivos específicos foram a elaboração de um diagnóstico sobre o setor florestal do estado e o delineamento do perfil sócio econômico dos municípios fluminenses, identificando tendências de consumo, comercialização e produção de produtos florestais. Para alcance dos objetivos, além da coleta de informações foi feita uma simulação com diferentes cenários gerados a partir do consumo de produtos florestais. O Estado do Rio de Janeiro tem uma demanda por produtos florestais bastante expressiva, desde lenha e carvão vegetal até madeira serrada, passando por madeira para papel e celulose e também para o grupo outras finalidades. Este fato é corroborado quando se verifica o volume total de madeira serrada que ingressou no estado, que só no ano de 2007 ultrapassou a marca dos 300.000 metros cúbicos. Entretanto, a oferta destes produtos é mínima, pois os reflorestamentos não ultrapassam os 30.000 hectares e o recurso nativo, além de escasso esbarra, em impedimentos legais para sua utilização. Apesar das poucas informações sobre a oferta e demanda de produtos florestais, em especial a madeira, seja serrada ou em toras, foi possível identificar uma tendência de consumo que pode ser considerada como um ponto de partida para estudos complementares sobre o assunto. O Estado do Rio de Janeiro tem uma indústria de móveis em condições para competir nos mercados nacional e internacional. No cenário experimental que propõe o reflorestamento dentro do estado existe a expectativa que haja um aumento da participação do setor no PIB estadual. Atualmente, o volume de madeira que ingressou no estado, com valores em torno dos 180 milhões de reais, passaria para mais de 5 bilhões de reais no final da segunda colheita. Expressiva também será a geração de empregos diretos e indiretos a partir da implantação da silvicultura econômica que responderá por mais de 45.000 postos de trabalho. Também a arrecadação de tributos aumentará com valores acima de um milhão de reais por colheita. A utilização das áreas de pastagens das regiões Noroeste e Norte do estado permitirão também o desenvolvimento destas regiões com a expectativa de melhora do índice de desenvolvimento humano (IDH). De acordo com os cenários propostos é possível identificar que a implantação de reflorestamentos no estado poderá trazer novas perspectivas de crescimento para o setor florestal com a utilização de áreas de pastagens atualmente improdutivas. Em face disto pode-se dizer que a indústria florestal do Estado do Rio de Janeiro está, atualmente, em estado de dormência, somente aguardando condições favoráveis para um pleno desenvolvimento.