Resistência de artrópodos de importância agrícola ao controle químico no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Izabella Menezes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/23229
Resumo: A descoberta e o uso de inseticidas e acaricidas para o combate aos insetos e ácaros de importância agrícola causaram uma revolução na agricultura e na produção de alimentos. Porém, poucos anos após as aplicações das primeiras formulações ocorreram relatos de pragas resistentes aos produtos químicos utilizados para controle. Nesse contexto, há um cenário de aumentos do número de aplicações, da dose e de misturas indevidas de produtos pelos agricultores com a intenção de controlar as pragas e manter o nível de produção. Tais fatores comprometem os programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP), pois podem contaminar o meio ambiente, afetar os organismos benéficos e elevar o custo no controle de pragas. A introdução de espécies exóticas resistentes e o fato de estar cada vez mais difícil e mais oneroso o desenvolvimento de uma nova molécula química são agravantes que devem ser considerados. Portanto, o manejo da resistência de insetos e ácaros é, sem dúvida, um importante componente do MIP. Tendo em vista que a resistência a pesticidas é um dos principais desafios para a produção agrícola brasileira, este trabalho trata de um levantamento das espécies de insetos e ácaros de importância agrícola com relato de resistência no Brasil e de uma busca sistemática de publicações científicas para categorizar e analisar o histórico de resistência a ingredientes ativos dessas espécies no país. Os dados permitiram identificar 18 espécies de insetos e duas de ácaros com casos de resistência confirmados no Brasil. Dessas, sete são pragas introduzidas e apresentaram resistência a mais de um modo de ação. Além disso, dos 254 inseticidas e acaricidas categorizados pelo Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas (IRAC), 56 ingredientes ativos diferentes possuem casos de resistência no país, representando 22% do total. Conclui-se que, das espécies resistentes de importância agrícola presentes no Brasil, Tetranychus urticae e Tuta absoluta são as pragas introduzidas e apresentam resistência a um maior número de ingredientes ativos. E as espécies introduzidas apresentam resistência a um grande número de ingredientes ativos e grupos de modo de ação. O modo de ação “atua sobre o sistema nervoso e musculatura” e apresenta maior número de relatos de resistências relacionado. O período máximo desde o registro do princípio ativo até o relato de resistência foi de nove anos.