Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Dângelo, Rômulo Augusto Cotta |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/26965
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Resumo: |
A mosca-branca (Bemisia tabaci Gennadius) é um pequeno inseto que se alimenta do floema de plantas. Essa praga é capaz de causar tanto danos diretos e indiretos, principalmente como potencial vetor de transmissão de diversos vírus fitopatogênicas. Além disso, a mosca-branca possui associações benéficas com simbiontes capazes de afetar seu desenvolvimento e comportamento. A fim de evitar maiores prejuízos, os produtores adotam essencialmente o controle químico através do uso intenso de inseticidas, o que acarreta em seleção de indivíduos resistentes. Com isso, a resistência de mosca-branca aos mais diversos inseticidas já existe em diversas regiões do Brasil e do mundo. Assim, esse trabalho teve como objetivos: 1) Determinar os níveis de resistência de diversos inseticidas em onze diferentes populações contrastantes de mosca-branca, oriundas de plantios diversos de regiões agrícolas do sudeste e centro- oeste do Brasil; 2) verificar o risco de falha de controle das populações a esses compostos; 3) realizar o levantamento em campo da resistência desse inseto aos inseticidas lambda-cialotrina e espiromesifeno em ampla área contínua do estado de Goiás, Brasil; 4) realizar o levantamento em campo da incidência dos endossimbiontes de B. tabaci em ampla área contínua do estado de Goiás, Brasil; 5) verificar a coocorrência da resistência aos dois inseticidas testados; 6) confrontar a resistência aos dois inseticidas com a frequência de endossimbiontes encontrados em mosca-branca; 7) testar a relação de coocorrência na frequência de endossimbiontes encontrados em mosca-branca. Foram encontrados níveis distintos de resistência entre diferentes populações, refletindo em falhas potenciais de controle de mosca-branca dentre as localidades estudadas. As populações de B. tabaci de Cristalina e Taquara foram as que apresentaram níveis mais acentuados de resistência, enquanto Domingos Martins e Patos de Minas foram as duas populações que se mostraram mais suscetíveis aos inseticidas testados. No estudo onde se utilizou a geoestatística, as moscas brancas tiveram de moderada a alta mortalidade na área estudada na exposição ao inseticida lambda-cialotrina com 24 e 48 horas de avaliação e baixas a moderadas mortalidades na exposição ao inseticida espiromesifeno nos mesmos períodos de teste. Nesse estudo, também se verificou heterogeneidade na área com relação à frequência dos endossimbiontes secundários encontrados (Hamiltonella sp. e Rickettsia sp.), com focos de alta incidência dessas bactérias. Além disso, foram encontradas correlações positivas entre a incidência dos dois endossimbiontes, entre as mortalidades de mosca-branca aos dois inseticidas testados e entre a incidência de Rickettsia sp. e a mortalidade de B. tabaci causado por lambda-cialotrina. Avaliações periódicas através do levantamento e monitoramento em campo da resistência de B. tabaci, além da verificação da presença de falha de controle dos inseticidas mais utilizados são essenciais para se evitar perdas econômicas na lavoura devido à evolução da resistência. |