Efeitos da exposição oral a partículas poluidoras e à bactéria geneticamente modificada Serratia AS1 em Partamona helleri
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/32143 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.601 |
Resumo: | As avaliações de risco englobam a identificação e a análise dos riscos aos quais um organismo pode estar exposto. Essas avaliações contribuem para a elaboração e a adoção de estratégias para evitar, minimizar e enfrentar riscos. Estudos sobre os potenciais riscos da exposição às partículas poluidoras e a organismos geneticamente modificados em insetos polinizadores são escassos. Considerando que os polinizadores vêm sendo bastante estudados devido ao seu declínio populacional ocasionado por diferentes impactos das atividades humanas, este trabalho explorou: (a) o impacto da ingestão de partículas plásticas (poliestireno expandido-EPS e polietileno tereftalato-PET) e de dióxido de titânio (TiO2) em adultos de Partamona helleri (Friese) derivados de larvas que ingeriram estes compostos e (b) o impacto da ingestão de alimento contendo a bactéria geneticamente modificada Serratia eGFP AS1 – portadora das proteínas anti-Plasmodium, em operárias de P. helleri. Não foi encontrada diferença significativa na sobrevivência durante a fase imatura e na proporção de pupas deformadas derivadas de larvas que ingeriram as partículas de EPS, PET ou TiO2 (500ng/abelha, 500ng/abelha, 10µg/abelha, respectivamente). Entretanto, a ingestão destas partículas causou aumento na massa corpórea dos adultos derivados de larvas tratadas. A contagem total de hemócitos (CTH) diminuiu em abelhas alimentadas com EPS, e aumentou com PET e TiO 2. E a contagem diferencial de hemócitos (CDH) também foi alterada, onde a proporção de prohemócitos aumentou em abelhas alimentadas com EPS e a proporção dos plasmatócitos foi reduzida com os tratamentos EPS e PET em comparação com o controle. O número de hemócitos circulantes reflete na capacidade do indivíduo em lidar com desafios imunes. Portanto, a contaminação por nano/micropartículas pode prejudicar as colônias de abelhas sem ferrão. A colonização do sistema digestivo de P. helleri por S. AS1 foi verificada nos tempos 24h, 72h e 144h após a ingestão do alimento inoculado com a bactéria, e nenhuma alteração foi detectada na sobrevivência e nos comportamentos de alimentação, caminhamento e voo dos adultos, mesmo sendo detectadas no intestino posterior após 144h após o início do experimento. Nossos resultados demonstraram que S. AS1 não prejudicou P. helleri, e pode ser uma candidata segura para combate de doenças transmitidas por vetores, sem comprometer espécies nativas e ecologicamente relevantes. Considerando a relevância das abelhas como polinizadores, os resultados apresentados aqui fornecem informações inéditas que poderão auxiliar na elaboração de avaliações de risco envolvendo a ingestão de partículas poluidores e sobre a ação de organismos simbiontes geneticamente modificados em abelhas sem ferrão. Palavras-chave: Abelhas sem ferrão. Dióxido de titânio. Micropartículas de plástico. Organismo geneticamente modificado. Paratransgênese. Poliestireno expandido. Polietileno tereftalato. |