Fatores de risco associados à glicemia instável em pacientes críticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Brinati, Lídia Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21971
Resumo: A manutenção da glicemia estável em pacientes críticos é um grande desafio, visto que sua instabilidade é deletéria a saúde, levando a piores desfechos. Dessa forma, a identificação dos fatores de risco associados à glicemia instável é importante, a fim de contribuir no planejamento do cuidado, bem como na qualidade da assistência segura ao paciente gravemente enfermo. O objetivo geral deste trabalho foi analisar o problema risco de glicemia instável em pacientes adultos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva. Os objetivos específicos foram: identificar na literatura existente, quais os fatores de risco para glicemia instável em pacientes críticos; estimar a incidência de hiperglicemia e hipoglicemia; propor modelo de predição de risco para desenvolvimento de risco de glicemia instável em pacientes adultos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva. Este estudo foi realizado em duas etapas, a saber: revisão integrativa da literatura e estudo de coorte. Na revisão integrativa foram identificados oito artigos publicados na língua inglesa, entre os anos de 2004 a 2012, que abordavam evidências sobre glicemia instável em pacientes críticos. O estudo foi dividido em duas categorias, sendo elas os fatores de risco associados à hiperglicemia: diabetes, síndrome coronariana aguda, idade, HbA1c, dose de corticosteróide, dextrose endovenosa, carboidrato enteral, norepinefrina e nutrição parenteral; e os relacionados a hipoglicemia: protocolos de controle estrito da glicose, ventilação mecânica, tempo de internação, história de diabetes, sepse, insuficiência renal, medicamentos vasoativos, idade, baixo peso, maior pontuação do APACHE II e variabilidade glicêmica. Após a revisão concluiu-se que há carência na literatura de informações sobre alguns fatores de risco, o que mostra a necessidade de pesquisas relacionadas à assistência de enfermagem aos pacientes com glicemia instável. Na segunda etapa, realizou-se o acompanhamento dos pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva de março a julho de 2017. Os dados foram analisados por estatística descritiva, bivariada, com análise de sobrevida e multivariada, com regressão de Cox. Dos 62 pacientes que compuseram a amostra, 45,16% desenvolveram a glicemia instável, sendo que 22,58% apresentaram hipoglicemia e 22,58% hiperglicemia. As variáveis independentes que impactaram, de forma significativa e conjunta, no tempo para ocorrência de glicemia instável foram: controle estrito da glicemia, tempo de permanência e ventilação mecânica. Observou- se que a glicemia instável em pacientes gravemente doentes é um achado comum. Ressalta-se a necessidade de mais estudos estabelecendo cuidados de enfermagem validados e voltados para prevenção do problema.