Efeito de antocianinas de uvas roxas (enocianinas) e de antocianinas extraídas de trapoeraba (Tradescantia pallida) em ratos normais e diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Frinhani, Eduarda de Magalhães Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8440
Resumo: Com o intuito de se avaliar o efeito de antocianinas de Tradescantia pallida e de uvas roxas em animais normais e diabéticos, foi realizado um modelo experimental com ratos albinos, da raça Wistar, que foram alimentados com ração comercial e uma dose diária de 50 mg do extrato antociânico. O experimento teve duração de 21 dias, em que se avaliaram o nível de glicose sangüínea e o peso corporal. O teor de proteínas colagenosas e não-colagenosas no tecido ósseo das patas dianteiras e traseiras dos animais foi avaliado no final do experimento. O diabetes foi induzido pela administração intravenosa de aloxano, perfazendo uma dose de 60 mg/kg de peso corporal. Esta patologia foi caracterizada pela elevação da glicose sangüínea, após quatro dias de aplicação do aloxano e também pelo aumento do nível de proteínas colagenosas no tecido ósseo das patas dos animais, após os 21 dias de tratamento. Um volume de 6 mL do extrato aquoso de antocianinas de Tradescantia pallida, equivalente a 50 mg de peso seco, foi misturado, diariamente, à ração comercial. Antocianinas de Tradescantia pallida foram extraídas, com uma solução etanol:água (40:60) acidificada com HCl 0,1%, e parcialmente purificadas em uma coluna cromatográfica, que teve como fase estacionária a polivinilpolipirrolidona. O extrato antociânico de uvas roxas, na forma de pó, é utilizado comercialmente como corante alimentício, sendo conhecido como enocianina. Os resultados obtidos mostraram que antocianinas de Tradescantia pallida e de uvas roxas não tiveram efeito hipoglicemiante nos ratos diabéticos. Ratos normais e diabéticos tratados com antocianinas de uvas roxas e ratos normais tratados com antocianinas de Tradescantia pallida apresentaram um ganho constante de peso corporal. Ratos diabéticos tratados com antocianinas de Tradescantia pallida perderam peso, apesar de terem consumido a mesma quantidade de alimento que os outros animais. Observou-se uma redução dos níveis de proteínas colagenosas do tecido ósseo das patas traseiras e dianteiras de ratos com diabetes induzido por aloxano, após tratamento com antocianinas de Tradescantia pallida e de uvas roxas. Não houve similaridade de resultados entre os teores de proteínas não- colagenosas das patas dianteiras e traseiras, podendo-se concluir apenas que houve redução dos níveis totais de proteínas não-colagenosas nos ratos normais. O trabalho realizado demonstrou que antocianinas de Tradescantia pallida e de uvas roxas apresentam um potencial na redução dos níveis de proteínas colagenosas em animais com diabetes melito, podendo constituir-se em uma forma alternativa de auxílio nas enfermidades provocadas pelo diabetes melito.