Produção da limeira ácida Tahiti submetida ao anelamento e à incisão anelar de ramos
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1179 |
Resumo: | O anelamento e a incisão anelar de ramos são práticas que podem ser usadas no aumento da produção e fixação de frutos cítricos. Ambos interrompem o transporte via floema, favorecendo o acúmulo de carboidratos nas folhas e ramos, que pode ser revertido para a fixação e o desenvolvimento dos frutos. Apesar dos benefícios, em alguns casos o anelamento pode induzir acúmulo excessivo de carboidratos, que poderá comprometer a maquinaria fotossintética. Neste trabalho objetivou-se estudar a dinâmica dos carboidratos, a fluorescência da clorofila a e o índice Spad, em folhas de limeiras ácidas Tahiti . Objetivou-se, também, estudar as diferenças entre o uso do anelamento e da incisão anelar, realizados em diferentes épocas sobre o florescimento, a queda de estruturas florais e a fixação de frutos da limeira ácida Tahiti em duas safras consecutivas. Foram estudadas quatro épocas de realização de anelamento e incisão anelar, 30/06, 15/07, 30/07 e 14/08 de 2009, e 15/06, 05/07, 25/07 e 14/08 de 2010, sendo o tratamento adicional, a testemunha. O anelamento, independentemente da época de realização, aumentou os teores de amido e açúcares solúveis totais nas folhas de Tahiti até por volta dos 50 aos 60 dias após a realização. A incisão anelar, independentemente da época de realização, não alterou os teores de amido nas plantas na safra de 2009, que se comportaram semelhantemente à testemunha. Em relação à safra de 2010, observou-se que a incisão, independentemente da época de realização, aumentou a concentração de amido em relação à testemunha, porém, o aumento foi inferior ao que ocorreu nas plantas aneladas. Não houve variação dos valores de F0 e da relação Fv/Fm nas plantas aneladas na safra de 2009. Em 2010 o anelamento aumentou F0 e reduziu a relação Fv/Fm por volta dos 60 dias. Para as plantas da testemunha e incindidas, houve redução de F0 e aumento da relação Fv/Fm em 2009, por volta dos 120 dias. Em 2010, houve aumento de F0 sendo o valor máximo atingido aos 50 dias, porém inferiores aos observados para o anelamento, e não houve alteração da relação Fv/Fm. Na safra de 2009, as plantas submetidas ao anelamento, independentemente da época de realização, apresentaram redução no índice Spad, atingindo valores mínimos (48-53) por volta dos 80-90 dias. Na safra de 2010, os valores mínimos (64-66) foram atingidos por volta dos 100-110 dias. O anelamento e a incisão anelar de ramos, independentemente de safra e época de aplicação, não alteraram as épocas de florescimento e colheita dos frutos. Também não alteraram o ritmo da queda das estruturas florais. O percentual de pegamento de frutos (PPF), o número de frutos produzidos (NFP) e a produção por planta (PPP) das plantas que receberam anelamento foram superiores em relação à testemunha, enquanto que a massa média (MMF) e o diâmetro médio dos frutos (DMF) foram inferiores. As plantas submetidas à incisão anelar não apresentaram diferenças em relação à testemunha para essas mesmas características, nas duas safras avaliadas. Independentemente da época de realização, as duas características que alteraram em 2009 foram o número de brotos emitidos abaixo da interrupção do floema, e o PPF, sendo a primeira característica 56,25, e a segunda, 3,19 vezes maior nas plantas aneladas. Observou-se também que o anelamento provocou menor abscisão de estruturas florais em forma de flores (FA) (43% de redução). Essa redução foi responsável pelo maior PPF (aumento de 117%), NFP (aumento de 117%) e PPP (aumento de 84%) em relação às plantas incindidas. Porém, com o aumento de retenção de frutos na planta, houve redução de 12% na MMF. Os valores das medidas do crescimento dos frutos, tanto na safra de 2009 quando na de 2010, ajustaram-se a uma curva sigmoidal, e não foram alterados pelos tratamentos aplicados. |