Contribuições para o conhecimento dos fungos da ordem Meliolales e sua posição filogenética
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Doutorado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1072 |
Resumo: | Historicamente a taxonomia da ordem Meliolales é baseada na combinação da suposta especificidade em relação às espécies hospedeiras e na morfologia das estruturas fúngicas. Nas últimas décadas o uso de técnicas moleculares tem sido amplamente utilizado para caracterização de espécies fúngicas, validação de caracteres morfológicos e verificação da suposta importância da especificidade em relação a hospedeiros na delimitação de espécies. Para testar a hipótese de que as bases tradicionais da taxonomia nesta ordem tem amparo das análises moleculares, a extração de DNA de espécimes pertencentes aos gêneros Amazonia, Appendiculella, Asteridiella, Irenopsis e Meliola foi realizada e sequências das regiões 18S e 28S do rDNA e segunda maior subunidade da RNA polimerase 2 (RPBZ) foram obtidas. Por meio de análise das regiões 18S, 28S e RPB2, foi possivel distinguir a ordem Meliolales das demais ordens da classe Sordariomycetes e comprovar que a ordem pertence a subclasse Sordariomycetidae. A análise das regiões 18S e 28S do rDNA indicam que a classificação dos Meliolales baseada em caracteres morfológicos e comparação de espécies dentro de cada família botânica deve ser revisada, pois apesar das espécies de Amazonia, Appendiculella, Asteridiella, Irenopsis e Meliola se agruparem em clados distintos, espécies de Asteridiella se agruparam com espécies do gênero Meliola, provavelmente indicando que o grupo seja polifilético. Também conclui-se que espécies identificadas na mesma família botânica não são relacionadas filogeneticamente. Irenopsis cornuta não é uma espécie basal para os demais representantes do gênero, apesar desse taxon estar associado com uma pteridófita (Lygodium volubile). Quando populações da espécie modelo foram coletadas em diferentes habitats, pode-se observar uma nitida plasticidade morfologica dentro da espécie, pois espécimes coletados em: a) um plantio comercial de seringueira (Espirito Santo); b) viveiro de mudas de seringueira (Pará) e c) plantas de seringueira nativas da floresta Amazônica (Pará) apresentaram uma grande variação morfológica. Um índice das espécies de míldios negros relatadas no Brasil foi elaborado para subsidiar a expansão do conhecimento da diversidade desse grupo fúngico no país. |