Estratégias de controle da ferrugem em cafeeiro irrigado e não-irrigado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Souza, Antonio Fernando de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Doutorado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1017
Resumo: Experimentos de campo foram conduzidos em lavoura comercial de café do cultivar Catuaí Vermelho IAC 144, irrigada e não irrigada por gotejamento, em Viçosa Minas Gerais, no período de dezembro de 2000 a junho de 2006 com o objetivo de avaliar diferentes estratégias de aplicação de fungicidas sistêmicos e protetores no controle da ferrugem e na produtividade do cafeeiro. Os fungicidas cúpricos oxicloreto de cobre e calda Viçosa (sulfato de cobre + nutrientes) foram aplicados preventivamente no período de dezembro a março, enquanto o fungicida sistêmico epoxiconazole foi aplicado nos meses de dezembro e março (calendário) e seguindo o esquema de amostragem (com início das aplicações a partir da constatação de 5 e 10% de incidência, respectivamente). Já o tratamento com fungicida + inseticida sistêmico ciproconazole + tiametoxan GR foi aplicado anualmente, via solo, sem complementação por via foliar, em anos alternados, complementado com quatro aplicações foliares de sulfato de cobre + nutrientes. A irrigação por gotejamento foi realizada de forma complementar, no período de julho a novembro de cada ano, com base no balanço hídrico do solo calculado diariamente. Os resultados obtidos mostraram que a irrigação por gotejamento não alterou o padrão das curvas de progresso da ferrugem do cafeeiro e proporcionou acréscimo de 17% na produtividade. A aplicação de fungicidas no controle da ferrugem do cafeeiro proporcionou acréscimo de 38 e 32% na produtividade das plantas irrigadas por gotejamento e naquelas não irrigadas, respectivamente, em relação à testemunha. Os tratamentos com oxicloreto de cobre e sulfato de cobre + nutrientes apresentaram maior intensidade de ferrugem nas plantas em relação aos tratamentos com fungicidas sistêmicos, mas mantiveram estável a produtividade do cafeeiro ao longo de cinco safras avaliadas. A aplicação do fungicida sistêmico epoxiconazole, baseada na observação de 5% de incidência de ferrugem, proporcionou controle mais eficiente da doença em relação à aplicação iniciada ao se verificar 10% de incidência, mas quanto à produtividade, somente no experimento irrigado houve diferença. A resposta do calendário de aplicação do epoxiconazole foi semelhante a do tratamento iniciado ao se constatar 5% de incidência. O tratamento que consistiu em aplicação anual de ciproconazole + tiametoxan GR apresentou como resultado maior intensidade de ferrugem nas plantas em relação ao tratamento em que a aplicação do produto foi feita em anos alternados e complementada com aplicação por via foliar com fungicida cúprico. A média de produtividade obtida nesses tratamentos, nos cinco anos de avaliação, não diferiu das médias apresentadas pelas plantas tratadas apenas com fungicidas cúpricos. De acordo com esses resultados, pode-se afirmar que o fungicida oxicloreto de cobre ou a mistura de sulfato de cobre + nutrientes poderiam ser utilizados em programas controle integrado da ferrugem, a custos supostamente mais baixos que os fungicidas sistêmicos, garantindo assim a sustentabilidade econômica, ecológica e social da cafeicultura na Zona da Mata de Minas Gerais.