Morfologia e volatilômica das glândulas pré-faríngeas e farínngeas de operárias de Paraponera clavata (Hymenoptera: Paraponerinae) e Pachycondyla crassinoda (Hymenoptera: Ponerinae)
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33052 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.483 |
Resumo: | As formigas são amplamente distribuídas em quase todos os ecossistemas terrestres e são classificadas como insetos eusociais, devido ao seu alto grau de socialização e características sociais bem definidas. Elas possuem um sistema complexo de glândulas exócrinas que produzem substâncias essenciais para a manutenção social. Entre essas glândulas, as pré-faríngeas e faríngeas são as mais proeminentes na cabeça da formiga, embora suas funções ainda não sejam totalmente compreendidas. A caracterização morfológica destas glândulas em Paraponera clavata e Pachycondyla crassinoda é limitada, ressaltando a importância de sua análise para contribuir com a compreensão das funções no comportamento das formigas. O objetivo foi comparar a morfologia e compostos das glândulas pré-faríngeas e faríngeas em operárias de P. clavata e P. crassinoda. As glândulas pré-faríngeas e faríngeas foram examinadas por microscopia de luz, eletrônica de varredura e em cromatografia de fase gasosa acoplada à espectrometria de massas. Os resultados revelam que ambas as glândulas diferem tanto em anatomia quanto em histologia entre as duas espécies. A glândula pré-faríngea de P.clavata é volumosa, alongada e com complexos sistemas de ductos, enquanto em P. crassinoda elas são menores em formato de cachos de uvas e com uma única abertura para liberação da secreção na faringe. O volume da glândula pré-faríngea apresenta correlação positiva com o tamanho corporal de P. clavata, mas não com P. crassinoda. As análises histoquímicas desta glândula indicam diferenças na presença de proteínas, glicoproteínas, polissacarídeos e lipídios entre as espécies. Essas variações sugerem adaptações específicas relacionadas à função glandular, possivelmente relacionados com a produção de enzimas. As glândulas faríngeas de P. clavata e P. crassinoda apresentam diferenças na anatomia e histologia entre as formigas analisadas. Enquanto P. clavata exibe a glândula com inúmeras projeções tubulares, em P. crassinoda ela formada por dois lóbulos distintos. Além disso, as análises histológicas e histoquímicas demonstraram variações na histologia e na intensidade de reações entre as duas espécies, possivelmente adaptadas à função da glândula faríngea na comunicação química entre os co-especificos. Os compostos químicos produzidos nas glândulas de ambas as espécies são predominantemente formados por hidrocarbonetos, sugerindo um potencial envolvimento da glândula faríngea na síntese e liberação de hidrocarbonetos para a comunicação dentro das colônias das formigas estudadas. Esses resultados inéditos para P. clavata e P. crassinoda evidenciam a importância das glândulas pré- faríngea e faríngea nas funções metabólicas e comunicação química nas colônias de formiga. Palavras-chave: Formigas; Glândulas exócrinas; Composição química; Comportamento social. |