Estudo de formulações de fitoderivados e flavonoide na inflamação e cicatrização de feridas em coelhos
Ano de defesa: | 2010 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal Doutorado em Bioquímica Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/301 |
Resumo: | A inflamação é uma resposta protetora imediata que ocorre nos tecidos periféricos sempre que há lesão ou destruição célular. O processo inflamatório envolve uma série de fenômenos, que podem ser desencadeados não só por agentes infecciosos, como também por agentes físicos (radiação, queimadura e trauma), químicos (substâncias cáusticas), isquemia e interações antígeno-anticorpo. As úlceras dérmicas causam sérios transtornos para indivíduos com dificuldade de cicatrização e podem ser provocadas por doença, idade avançada, incapacidade motora ou utilização de fármacos. Plantas como marcela, assa-peixe, tanchagem, cânfora e bálsamo são utilizadas comumente na medicina popular como digestivos, antiespasmódicos, anti-inflamatórios, agentes hipoglicêmicos, redutores dos níveis de colesterol sanguíneo, entre outras. Tendo em vista esse uso popular, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito dessas plantas quanto à sua ação anti-inflamatória tópica em feridas dérmicas provocadas em coelhos. Foram utilizados 30 coelhos, distribuídos em gaiolas individuais. Para indução das úlceras dérmicas, os animais foram anestesiados com a associação de tiletamina mais zolazepam (zoletil® 50) via intramuscular. Ao término dos experimentos, foram retiradas amostras de pele de todos os animais e realizada a histologia. Na análise hematológica, concluiu-se que o tratamento com o fitoderivado contendo extrato das supracitadas cinco plantas a 10% (grupo G6) foi o que apresentou maior aumento nos níveis plasmáticos de proteína e albumina, elevação considerável na concentração de ferro e provocou a mais alta redução no nível de cálcio. A formulação com o fitoderivado contendo extrato de quatro plantas a 3% teve melhor efeito antiinflamatório. Em todas as fotomicrografias, bservou-se que as plantas isoladamente não tiveram o mesmo efeito anti-inflamatório que as formulações de fitoderivados contendo extrato de quatro ou cinco plantas. Além disso, a presença de grande quantidade de queratina demonstra que a formulação de fitoderivado contendo extrato de cinco plantas numa concentração de 10% conseguiu reconstituir a queratina mais rapidamente e de maneira mais ordenada que a concentração de 1%. Provavelmente, a cânfora, presente apenas na formulação com extrato de cinco plantas, pode estar ajudando no processo de remodelamento da ferida e, assim, uma melhor reconstituição, porém não é possível afirmar isso somente com as análises qualitativas deste trabalho. Seriam necessárias análises histológicas quantitativas e outros testes clínicos para afirmar essa possibilidade. Foi estudado o efeito do flavonoide hesperidina em feridas provocadas em coelhos e o tratamento com formulações de uso tópico em três concentrações distintas do flavonoide. O estudo evidenciou apenas, de forma qualitativa, que a hesperidina tem atividade anti-inflamatória no tratamento e na cicatrização de feridas cutâneas em animais. |