A problematização como estratégia de ensino sobre hipodermóclise para estudantes de enfermagem e medicina

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Coutinho, Juliana de Souza Lima
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa; Ciências da Saúde
• Palavras-chave em Português: Enfermagem - Prática; Estudantes de enfermagem; Estudantes de medicina; Tecnologia educacional; Ciências da Saúde
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31247; https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.635

A hipodermóclise consiste em uma via de infusão de medicamentos e fluidos em tecido subcutâneo. Apresenta como vantagens o baixo custo e baixo risco de complicações e eventos adversos, além da fácil inserção e manutenção. Apesar dos seus benefícios, observa-se baixa adesão e pouca difusão da hipodermóclise, especialmente no meio acadêmico. A sua utilização pelos futuros profissionais de saúde requer um conhecimento ampliado sobre o processo, que vão além da operacionalização da técnica, incluindo questões éticas, sociais e culturais, que podem ser instigadas com o aprendizado a partir da metodologia da problematização. Assim, esse estudo teve por objetivo analisar a contribuição da metodologia da problematização como estratégia de ensino sobre hipodermóclise para estudantes de graduação em enfermagem e medicina. Propôs-se a realização de um estudo quase experimental, do tipo antes e depois. O estudo foi conduzido com 22 estudantes dos cursos de enfermagem e medicina de uma instituição pública de ensino superior brasileira. Os estudantes participaram da intervenção educativa utilizando a metodologia da problematização baseada no Arco de Maguerez. O conhecimento dos estudantes sobre hipodermóclise foi avaliado antes e após a intervenção educativa utilizando-se um questionário previamente validado. Os resultados foram comparados pelo teste de McNemar e T de Student para amostras pareadas. Adotou-se como significativo p<0,05. Entre os 22 estudantes, a maioria era do sexo feminino (77,3%), solteiro(a) (86,4%) e matriculados no curso de Enfermagem (90,9%). Em relação ao conhecimento sobre hipodermóclise, quando comparados os acertos dos estudantes antes e depois da intervenção educativa, verificou-se um aumento significativo em 75% das questões (p<0,05), incluindo os aspectos teóricos e práticos da hipodermóclise. A pontuação média na autoavaliação dos estudantes sobre a capacidade de explicar (0,9 versus 5,9 pontos) e executar a hipodermóclise (1,9 versus 5,0) foi significativamente maior após a aplicação da metodologia da problematização (p<0,001). A partir dos resultados obtidos nesse estudo, verificou-se que a metodologia da problematização baseada no Arco de Maguerez provocou impacto positivo no conhecimento dos estudantes referente à hipodermóclise. O número de acertos dos estudantes após a intervenção educativa foi maior do que o encontrado na avaliação inicial. A problematização pode ser incorporada no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes de enfermagem e medicina para o ensino de procedimentos como a hipodermóclise. Palavras-chave: Estudantes de Enfermagem. Estudantes de Medicina. Hipodermóclise. Tecnologia Educacional. Estudo de Intervenção. Conhecimento.