Efeito da época de aplicação do AG3 sobre o florescimento, frutificação e produção da tangerineira ‘Poncã’

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Esposti, Marlon Dutra Degli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10479
Resumo: Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a influência do ácido giberélico (AG3) sobre o florescimento e frutificação da tangerineira 'Poncã', determinar a(s) melhor(es) época(s) de aplicação e reduzir a alternância de produção das plantas. O experimento foi conduzido em delineamento em blocos casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições. Em 2001, as plantas foram pulverizadas com ácido giberélico na dose de 25 mg L-1 de AG3 mais 0,1% do espalhante adesivo Silwet®, nos meses de maio (120 dias antes do pleno florescimento – DAPF), junho (90 DAPF), julho (60 DAPF) e agosto (30 DAPF). Em 2002, realizaram-se as pulverizações nos meses de maio (150 DAPF), junho (120 DAPF), julho (90 DAPF) e agosto (60 DAPF), com a dose de 50 mg L-1 de AG3 mais 0,1% do espalhante. A aplicação foliar do ácido giberélico em 2001 promoveu redução no número de brotações reprodutivas desta planta, a qual variou de 89,2% nas plantas pulverizadas com AG3 aos 30 DAPF a 97,8% nas pulverizadas aos 90 DAPF, com redução média de 93,9% nas plantas que foram pulverizadas com AG3 em relação à testemunha. No ano de 2002, houve redução de 83,4% no número de brotações reprodutivas nas plantas pulverizadas aos 60 DAPF, não sendo observado o mesmo comportamento nos demais tratamentos em relação à testemunha. Na safra de 2001/2002, a maior produção total de frutos (21,87 kg planta -1) e o maior número de frutos por planta (120,75 frutos) foram obtidos pelas plantas- testemunha. A menor produção total de frutos (8,38 kg planta -1) e o menor número de frutos por planta (37,25 frutos) foram obtidos pelas plantas pulverizadas com AG3 aos 60 DAPF. Na safra de 2002/2003, o comportamento das plantas foi diferente, sendo os maiores valores de produção total de frutos (36,95 e 28,43 kg planta -1) e número de frutos (246,50 e 194,50 frutos planta -1) obtidos pelas plantas pulverizadas com AG3 aos 120 e 150 DAPF. A alternância de produção da tangerineira ‘Poncã’ não foi reduzida, mas a média de produção (kg planta -1) das duas safras avaliadas (2001/2002 e 2002/2003) foi aumentada, principalmente nas plantas pulverizadas nos meses de maio e junho, indicando ser esses os meses mais propícios para a aplicação do ácido giberélico. Na safra de 2001/2002, as características vitamina C, firmeza da casca, sólidos solúveis totais e acidez total titulável foram as únicas variáveis analisadas nos frutos, que apresentaram diferenças significativas pelo teste de Dunnett. O maior valor de vitamina C, de 48,98 mg/100 mL de suco, foi observado nos frutos das plantas pulverizadas com AG3 aos 90 DAPF, enquanto com relação à firmeza da casca se observaram valores de 24,56 e 32,98 N nas plantas pulverizadas aos 90 e 120 DAPF, respectivamente. As menores porcentagens de sólidos solúveis totais (10,70) e acidez total titulável (0,45) foram verificadas nas plantas pulverizadas aos 120 DAPF. Na safra de 2002/2003, os diâmetros equatorial e transversal, bem como a firmeza da casca, vitamina C, sólidos solúveis totais, açúcares solúveis totais e açúcares não-redutores, foram as características avaliadas que apresentaram diferenças significativas, exibindo os maiores valores (6,02 cm, 8,06 cm, 44,47 mg/100 mL) de suco, 40,26 N, 10,84%, 9,90% e 6,00%, nas plantas pulverizadas com AG3 aos 60, 60, 120, 150, 120, 120 e 120 DAPF, respectivamente. O desenvolvimento do fruto da tangerineira ‘Poncã’ seguiu uma curva do tipo sigmóide simples, sendo a fase I compreendida da antese até o 85o dia após o pleno florescimento, com um período de transição na fase II, que foi até o 101o dia após o pleno florescimento. A fase II teve início logo após a fase de transição, prolongando-se até o 251o dia após o pleno florescimento. A fase III de amadurecimento do fruto iniciou-se no 251o dia após o pleno florescimento, e prolongou-se até a colheita dos frutos, a qual foi realizada no 276o dia após o pleno florescimento. De maneira geral, as plantas pulverizadas com AG3 exibiram o mesmo comportamento das respectivas testemunhas, não sendo possível observar diferenças marcantes com relação às concentrações foliares de carboidratos e teores de nutrientes durante o período em que as mesmas foram avaliadas, com exceção de algumas épocas. As plantas-testemunha exibiram, na maioria das épocas avaliadas, as maiores concentrações de açúcares solúveis totais, redutores, não-redutores e amido, não sendo verificado o mesmo comportamento dos nutrientes N-orgânico, fósforo, cálcio e magnésio. No caso do potássio, as plantas pulverizadas com AG3 exibiram os maiores teores foliares desse nutriente, principalmente no período de maio a dezembro de 2003.