Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Krause, Marcelo Rodrigo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27463
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Resumo: |
Um dos grandes desafios na produção de batata (Solanum tuberosum L.) destinada ao processamento industrial é o controle da brotação durante o armazenamento. A brotação gera modificações no metabolismo dos carboidratos influenciando a qualidade de processamento dos tubérculos. Diante da necessidade de produtos eficazes no controle de brotação e preservação da qualidade da batata, o CIPC [Isopropil N- (3-clorofenil) carbamato] é o mais utilizado, porém devido a sua toxidez e efeitos sobre o meio ambiente, a utilização será limitada ou proibida em poucos anos. Portanto, com o intuito de encontrar produtos que possam substituir o CIPC, objetivou-se avaliar a ação da aplicação pós-colheita do glifosato e paclobutrazol (PBZ) sobre a brotação, o metabolismo dos carboidratos e coloração de fritura de tubérculos armazenados a 8 °C. O cultivo da batata cv. Asterix foi realizado na Universidade Federal de Viçosa (UFV) durante o período de julho a novembro de 2018. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado em esquema de parcela subdividida, sendo os tratamentos na parcela os inibidores de brotação: água (Controle-T1); 150 mg L -1 de glifosato (T2); 300 mg L -1 de glifosato (T3); 10 mg L -1 de PBZ (T4); 100 mg L -1 de PBZ (T5) e as subparcelas compostas pelos tempos de armazenamento: 0, 20, 40, 60, 80, 100 e 120 dias, com quatro repetições. Os tubérculos foram imersos nas suas respectivas soluções por um minuto. Foram realizadas as seguintes análises: perda de massa fresca acumulada; número e comprimento de brotos; atividade das enzimas peroxidase e polifenolxidase; compostos fenólicos; incidência de brotação; sólidos insolúveis em álcool; açúcares solúveis totais, redutores e não redutores, e coloração após fritura. Os tubérculos tratados com 100 mg L -1 de PBZ apresentam menor comprimento e número de brotos quando comparado ao tratamento com glifosato. A atividade da enzima peroxidase mostrou acréscimos em todos os tratamentos após o início da brotação. Houve maior atividade da enzima polifenoloxidase aos 60 dias de armazenamento nos tubérculos do controle e nos tratados com glifosato (150 mg L -1 ). Não houve variação na quantificação de compostos fenólicos ao longo do período de armazenamento. Os tubérculos tratados com PBZ nas concentrações 10 e 100 mg L -1 mostraram menor incidência de brotação ao longo do período de armazenamento, aumentando em 12,5% o período de dormência. A aplicação de 10 mg L -1 de PBZ proporcionou menores teores de açúcares redutores em uma maior extensão do período armazenamento e maiores valores de sólidos insolúveis em álcool. Os palitos de maior escurecimento, os quais foram atribuídos nota 2, foram observados em mais tempos de armazenamento para os tratamentos controle e glifosato 150 mg L -1 . O PBZ é mais eficiente no controle da brotação que o glifosato por proporcionar redução do número e comprimento dos brotos comparado aos demais tratamentos. Tubérculos tratados com PBZ na concentração de 10 mg L -1 apresentam menor incidência de brotação e taxa de degradação de amido, maior teor de sólidos insolúveis em álcool, e manutenção dos açúcares redutores dentro da faixa preconizada para processamento industrial. Contrariamente, a aplicação de glifosato não é efetiva em reduzir a incidência de brotação, apresentando baixos teores de sólidos insolúveis em álcool e altos teores de açúcares redutores, e uma redução da qualidade de processamento industrial. |