O processo de adoecimento do magistério público primário no início do século XX: indícios do mal-estar docente nos grupos escolares mineiros (1906-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cabral, Talitha Estevam Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6805
Resumo: Tendo como objeto de estudo o processo de licenciamento docente e a saúde do professor, essa pesquisa busca analisar a situação de mal-estar docente, adoecimento e afastamento dos docentes das salas de aula dos grupos escolares mineiros no início do século XX. Para isso, serão consideradas as relações de trabalho instituídas nas reformas educacionais implantadas pelo governo mineiro nos anos compreendidos entre 1906 e 1930. A escolha por esse recorte temporal se justifica principalmente por ter sido esse um período de mudanças no processo de organização da escola pública primária. A partir da Proclamação da República e após a disseminação dos grupos escolares, ocorreram mudanças nos âmbitos pedagógico e administrativo das instituições escolares, uma vez que a normatização legal produzida acarretou transformações nas relações entre professores, alunos, comunidade e administradores escolares. O que se deduz, portanto, é que as inovações difundidas com a criação desses educandários em Minas Gerais podem ter contribuído para a situação de mal-estar e para o consequente afastamento dos professores da profissão naquele momento histórico. Diante deste quadro, algumas indagações começaram a nos instigar: há relações entre o adoecimento docente e a organização do trabalho pedagógico repercutido pela criação dos grupos escolares? Como se manifestava o processo de adoecimento docente no início do século XX em Minas Gerais (MG)? Essas são, portanto, as questões centrais desse trabalho. Com o intuito de tentar responder às proposições supracitadas, realizamos uma pesquisa bibliográfica acerca da implantação dos grupos e sua relação com um suposto desconforto na profissão. Além das fontes bibliográficas utilizadas na consecução dessa investigação, outra estratégia relevante foi a consulta ao acervo do Arquivo Público Mineiro (APM), com sede em Belo Horizonte (MG). Através das pesquisas documentais realizadas, tornou-se possível localizar fontes primárias como atas, cartas, ofícios, relatórios, atestados médicos etc. Foram problematizados os dados referentes às licenças dos docentes no período estudado, visto que tais documentos poderiam representar a expressão do incômodo a que os professores estavam submetidos no exercício da profissão no período em foco.